03: Namu, o vizinho atrapalhado.

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— Sim? Você estava dizendo?

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— Sim? Você estava dizendo?

Seokjin ainda estava olhando para o cara de camisa branca que mal cobria um peito bem definido. A situação já era embaraçosa e não sabia o que fazer a seguir.

E ele ainda estava falando.

— Posso pegar alguma coisa para você? Você quer entrar e se deitar?

— Talvez — Seokjin murmurou. — Eu não sei... mas... por que você está... alguém te disse...

— Que pareço com aquele cara famoso? — ele respondeu com um sorriso. — Sim, muitas vezes.

Seokjin deu um suspiro de alívio. Um sósia. Quem morava ao lado. Nada mal ter um cara bonito ao lado, especialmente quando aquele cara bonito parecia muito com seu cantor favorito.

— Então você é quem está olhando para mim de lá — ele notou, e apontou para a janela dele.

— Erm, sim, era eu — Seokjin corou e isso o fez rir baixinho.

— Por que você não entra para tomar um café gelado? Tudo bem. Hani não vai se importar. Embora o senhor Choi possa me matar... — Abriu o portão um pouco mais e fez um gesto para que ele entrasse.

— Kim Seokjin. Prazer em conhecê-lo. Seu nome é?

Ele não respondeu imediatamente. Encarou para Seokjin da cabeça aos pés. Olhou profundamente em seus olhos, esfregou o queixo. Então, ele sorriu.

— Vou te contar um pequeno segredo, embora eu aprecie se você não contar a mais ninguém.

— Tudo bem — disse Seokjin, embora não entendesse o que o cara estava dizendo.

O garoto caminhou ao lado dele, e deu um passo para cima para que ele estivesse a apenas alguns centímetros de distância. Ele falou em seu ouvido, suavemente e com uma bela voz cantante.

— Você sabe por que pareço aquele cara famoso?

Linha brega chegando, Seokjin pensou enquanto revirava os olhos, mas ela o deixou continuar com isso.

— Não. Por quê?

— Porque sou aquele cara famoso.

Seokjin parou de andar, virou-se e olhou.

— Eles me chamam de RM. Prazer em conhecê-lo.

Agora, na maioria das histórias desse tipo teria Seokjin desmaiando nos braços do cara que acabou de dizer que se chamava RM. Então, seria trazido para a casa, até que recuperasse a consciência, enquanto olhava para os profundos olhos castanhos daquele cara bonito.

Seokjin tinha realmente ponderado escrever o evento dessa maneira, como a maioria das histórias. Deus sabe que ele escreveu assim nas pequenas histórias que havia feito antes dessa grande empreitada, seu primeiro livro. Mas isso não seria verdade, e as pessoas não acreditariam de qualquer maneira.

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