06: Jin, o que não vê o óbvio.

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Seokjin certificou-se pessoalmente de que ele ficasse no dia seguinte, mas não conseguiu vê-lo por alguns dias depois disso. Namjoon mandou algo sobre estar ocupado no trabalho, e ele respondeu com mensagens sinceras que ele cuidava de si mesmo.

Namjoon respondeu com apenas duas palavras: sem favores.

Ele entendeu e não disse mais. Mesmo assim, Seokjin achava difícil não dizer nada, especialmente quando o visitava e o encontrava mais exausto do que deveria.

Namjoon jogou sobre a mesa de centro algumas folhas de papel grampeadas. Seokjin os pegou, leu e olhou para a foto em preto e branco que os acompanhava. E então, balançou sua cabeça.

— Sou estudante de biologia, não de medicina.

— Eu também não entendo — disse ele. —, mas o médico disse que eu deveria ficar bem, se desacelerar.

— Isso é fácil o suficiente.

Namjoon balançou a cabeça.

— E se você disser à sua mãe que não vai se formar a tempo porque tem que estudar menos?

— Ela vai se decepcionar.

— Essa é a questão — Ele se jogou no sofá e suspirou.

Mas, Namjoon parecia ganhar um pouco de força oculta sempre que o via, conversava e comia com ele. Era uma das razões pelas quais Seokjin continuava voltando, além do fato de que ele era realmente interessante. A maneira como continuou conversando sobre teoria musical como se fossem velhos amigos, a maneira como evitava falar sobre a indústria da música, mesmo que fizesse parte dela.

— Por que nunca falamos sobre biologia, Jin? — ele perguntou.

— Não é muito interessante. Todos esses produtos químicos e esses nomes científicos.

— Então, como você ainda está estudando isso?

— Bem, não é chato, se é isso que você quer dizer. Aprender como os animais e outras coisas vivas se conectam é legal, sabe. Só cansativo. E alguns professores não sabem ensinar.

— Me sinto exatamente da mesma maneira, apenas com pessoas diferentes — Namjoon assentiu.

— Mas as festas, as pessoas interessantes, as celebridades...

— Sério, não há nada de interessante — disse ele. — Está cheio de pessoas com quem você não quer mexer, mas pessoas sem as quais você não pode viver.

— Falar sobre morder a mão que te alimenta...

— É por isso que disse que vou ficar o tempo suficiente para dizer que vi. Então, vou embora.

— Mas por quê?

— Você sabe... eu não tenho certeza...

— Então fique. Encontre algo que você possa fazer por eles, sem ceder a tudo.

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