Acidentalmente apaixonada

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POV ARIZONA

-Arizona, acorda! -Ouço Alex dizer após dar um tapa na minha cabeça -Você vive no mundo da lua mulher -Reclama.

E mais uma vez eu me chuto mentalmente.

Eu sou feminista.

Uma grande feminista.

Mas a bunda dela é A BUNDA.

Deixe-me explicar melhor antes que vocês imaginem que eu sou uma lésbica pervertida.

Há 7 meses faço faculdade de medicina, nesse meio tempo não me identifiquei nem como a popular e nem como a nerd, simplesmente acabei entrando na roda de amizades de alex Karev, April e Tedd, eramos só mais alguns alunos naquela imensa sala de futuros médicos ou desistentes da área. E então, na terceira semana de aula, em um seminário sobre o funcionamento pulmonar eu a notei, Calliope Torres, eu preciso repetir esse nome milhares de vezes na minha cabeça pois ele sempre soa de forma tão doce!

Calliope era mais uma das alunas naquela classe, mas evidentemente ela era uma futura estrela com o bisturi, tinha garra, determinação e uma inteligência que estava anos luz a frente daqui. E UMA BUNDA DE MATAR!

Ela tem uma pele beijada pelo sol, cabelos morenos, olhos negros, alta, lábios rosados e aparentemente macios como nuvens e ela cheirava ao amor da minha vida. Bastava ela passar e todos os meus sentidos se aguçavam para capturar até os mínimos detalhes de sua fragrância afrodisíaca.

Mas talvez ela me odeie, como eu disse, eu perco o sentido perto dela, toda vez que ela passa eu acabo derrubando algo nela ou ela, a lista envolve: meus livros, livros dela, meu estojo, estojo dela, lanches, dinheiro e em uma certa ocasião eu consegui a proeza de derrubar a April em cima dela. Desde então ela me evita como se sua vida dependesse disso e me olha como se eu fosse um animal perigoso e ela estivesse pronta para atirar uma faca em mim.

-Ela viajou de novo -Ouço dessa vez April dizer e finalmente me dou conta que mais uma vez eu estava deixando-os falando sozinhos.

-Desculpa gente, eu vou esperar vocês na sala, aqui ta sol demais e um calor do inferno -Falo saindo do jardim da universidade pegando minha bolsa e minha garrafinha com água. O dia realmente estava quente, 47° de puro fogo do inferno.

Peguei a minha garrafinha do bolso da bolsa e a destampei levando-a até a minha boca enquanto continuava a andar, o líquido felizmente ainda estava gelado e minha garganta agradeceu por isso, até que eu esbarrei em alguém e derramei praticamente toda a água em cima dela. Podem adicionar "água gelada" na lista de coisas que eu já consegui derrubar nela em 7 meses?

-Droga -Exclama ela enquanto puxava sua blusa para frente e inclinava a coluna para traz para que o líquido não lhe molhasse mais do que já havia molhado.

-Me. Des.cul.pa -Falei pausadamente com medo de errar as simples palavras e ela me ignorou entrando no banheiro feminino e eu a segui repetindo dezenas de vezes "me desculpa ", "Isso foi tão sem querer meu Deus", "Eu realmente sinto muito!".

Ela ignorou minha presença e parecia estar pensando no que fazer enquanto pagava folhas de papel e passava inútilmente em sua blusa.

-Será que você não podia...não sei, pedir uma blusa...do seu namorado? ISSO! Ele estuda aqui? Eu posso pegar se você quiser, eu realmente sinto muito! -Digo me aproximando dela.

Ela me olhou de lado e apenas riu.

-Eu não tenho namorado -Disse enquanto desabotoava a frente de sua camisa -Inferno, eu nem gosto de homens -Riu agora como se a minha suposição sobre sua sexualidade tivesse sido imbecil, e foi.

One Shots Calzona And CapmirezOnde histórias criam vida. Descubra agora