para sempre.

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memórias que permanecem em minha mente de forma desordenada, entretanto, que nunca se opuseram à venustidade. memórias que com certeza foram antes vividas além desse tempo, dimensão e universo. onde a teoria do caos detém o poder que algo mínimo, lacônico, vago, se torne grandioso. como o bater de asas de uma nobre borboleta possa afetar drasticamente a movimentação dos ventos, mesmo com a presença de quaisquer óbices. e isso é o que você significa para mim, prolixo e etéreo. não necessitando de muito para consternar toda a minha existência de modo súbito e cordial, fazendo a dor indomável e incessante possuir um prazo de validade. tendo plena ciência de que em um breve futuro, as dores parassem de doer. como um dia, deveriam ter feito.

e mesmo com as tulipas ainda saudáveis e reluzentes, os lírios frescos podendo ser admirados à beira da luz, o eclipse do sol e da lua ainda era conspícuo e admirável. o contraste das nuances inconcebíveis de quando o preto e rosa colidiram-se pela primeira vez, ali sabiam que não havia volta atrás. se pertenciam, e sabiam que estariam lado a lado no meio do caos e no seu fim.

fim este que, por ventura, nunca existirá. não quando nem o "eterno" é eterno o suficiente comparado ao nosso longínquo e perene amor. que dentre tantos desamores, conseguiu florescer de sua própria serenidade, sem complicações.

por isso o nosso amor é o nosso amor. pois ele ainda é doce da mesma forma que se iniciou, incomparável e inocente.
sempre foi para ser, e se ele quis ser, então ele assim será. porque em meio ao ser e não ser, fomos. e somos, na nossa própria intensidade e éden.

entre dois,
onde a história dessa vida, no fim, se junta às outras dezenas de vidas que nosso amor já experienciou.

nada é por acaso, amor.

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