pieces of my heart

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Olá! Faz tanto tempo desde que escrevi algumas histórias, me pego perdido sobre como devo iniciar. Porém, para não enrolar tanto assim, nesse primeiro capítulo terá muitos assuntos sobre como foi a infância de Jungkook.

Espero que possam aproveitar bem, boa leitura! 🍓
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— Seu filho tem Transtorno do Espectro Autista, Senhora Eunchae. — O pediatra disse, colocando alguns papéis em cima da mesa, encarei o rosto da minha mãe, observando como parecia assustada e tão afetada com suas palavras, a vi pegar os documentos e verifica-los.

— Autista? Meu filho não é um autista, Senhor Dong, tenho certeza que houve algum erro, podemos fazer mais análises, pago quanto for preciso. — Parecia desesperada para fugir dessa situação, os olhos do pediatra caíram sobre mim, não aguentei sustentar uma troca de olhares por tanto tempo, logo ouvindo uma pequeno suspiro.— Por favor...

— Eunchae, já refizemos a análise antes de chegar em uma conclusão, Jungkook tem autismo grau um, nada que algumas visitas em psicólogos não ajude ele e vocês a lidarem com as situações que tanto lhe deram dor de cabeça. — Minha mãe apenas abaixou seu olhar para o chão, levantando rápido e me puxando para fora da sala, podia sentir sua mão molhada, provavelmente de lágrimas, encostar em uma das minhas mãos. — Chae! Por favor, espere, precisamos conversar. — O senhor um pouco mais velho a chamou, fazendo com que parassemos em frente a porta, ela continuou a segurar minha mão, Dong se aproximou com cuidado, dizendo baixo para ela. — Ele é um bom garoto, não tem nada de errado com ele, paciência, Chae.

— Ele é meu garoto, óbvio que seria bom. — Sorriu fraco, se despedindo do pediatra e seguindo caminho até o estacionamento. Não consegui pensar muito durante a pequena viagem de volta para casa, apenas deitei minha cabeça no banco de trás do carro, caindo em um sono profundo. Senti ser pego em braços fortes, talvez fosse meu pai ou meu irmão mais velho, rodeei seu pescoço com meus braços, abrindo os olhos em seguida.

— Você está usando a camisa que eu e o papai te dêmos de presente ano passado? — Perguntei sonolento, ouvindo uma risada baixa.

— Mesmo com sono você continua reparando em tudo a sua volta, meu pequeno curioso. — Sorri com suas palavras, me deixando ser levado pela calmaria do momento.

Facilmente vizinhos poderiam escutar as palavras ditas dentro de nossa casa, papai e mamãe estavam gritando, uma discussão a qual eu não sabia o motivo. Agarrei fortemente o tecido fino da camisa de Junseo, tentando abafar o som cantarolando. — Pequeno, não se preocupe. Vamos ir para meu quarto e lá podemos assistir algo juntos.

— Escola para cachorro? — Perguntei no segundo seguinte, com os olhos pidões o vi concordar. — Hyung, você é o melhor do mundo todinho!

— Sou, não é? Também acho que... — Sua fala foi interrompida por uma barulho alto, alguém tinha entrado do corredor dos quarto junto conosco.

— Solte essa aberração, Junseo! Não permito que meu filho fique junto desse resto!! — Meu pai disse em um tom agressivo, me fazendo encolher, Junseo correu para seu quarto comigo, trancando a porta em seguida. — Você vai me obedecer agora, não se misture com ele, eu sou seu pai me obedeça!

— Calma, pequeno. Ele só tá estressado, o hyung vai ficar com você até tudo isso passar, e depois também. — Começou um cafuné em meus fios, sem demorar muito, me virei o abraçando fortemente. — Ei, espertinho, vai ficar tudo bem.

— Eu te amo, hyung. Mamãe me contou que você diz eu te amo para quem você se importa muito. — Sorri contra seu pescoço, ouvindo as batidas na porta ficarem leves, e enquanto o abraço não se acabava, ouvi uma voz do outro lado da porta dizer:

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