Lana Davis é uma jovem órfã que desistiu de todos os seus sonhos para cuidar de sua irmãzinha, que é tudo o que ela tem no mundo.
Ao sofrer uma grande decepção, ela vai para um bar com sua amiga e conhece James. A atração entre eles é instantânea...
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Lana Davis
O despertador tocou às seis da manhã como sempre. Levantei em um pulo e cutuquei Hannah, minha irmãzinha de seis anos que dormia ao meu lado.
— Hora de levantar.
Ela resmungou e virou para o outro lado. Resolvi me adiantar para preparar o café da manhã e a deixei na cama mais alguns minutos. Fiz seu sanduíche e arrumei sua mochila.
— Hannah, agora você precisa mesmo levantar ou vai se atrasar para a escola.
Comemos rapidamente, enquanto assistíamos a televisão, Hannah quase deu um pulo da cadeira quando um comercial do espetáculo da Bela e a Fera passou:
— Olha, Lana, a Bela e a Fera de verdade vão vir para cá! Você me leva para ver eles, por favor, por favor...
Senti um aperto no peito por um momento, A Bela e a Fera era uma das minhas histórias preferidas de infância e minha mãe sempre lia para mim. Fazia 2 anos que ela havia morrido depois de sofrer um infarto fulminante, mas eu sentia falta dela todos os dias.
Agora éramos só eu e Hannah. Nunca cheguei a conhecer meu pai e Jack, o pai de Hannah, era alguém que era melhor não ter por perto. Ele já não morava com minha mãe desde a época em que ela engravidou da minha irmã e só aparecia de novo quando precisava de dinheiro, já que vivia endividado por causa do seu vício em pôquer e bebida.
— Não vou prometer nada, mas quem sabe não podemos ir para comemorar seu aniversário? — Respondi.
— Obaaa, quero que meu aniversário chegue logo.
— Vai chegar antes que você se dê conta. Agora termine esse sanduíche, precisamos sair.
Terminamos o café da manhã e esperei até que o ônibus escolar viesse buscar Hannah. Yolanda, nossa vizinha do prédio, ficaria com ela depois, até eu chegar do trabalho. Ela havia sido uma grande amiga da minha mãe e estava sempre pronta para ajudar.
Fazia 3 meses que eu trabalhava como uma das faxineiras no imponente prédio da SBC, o famoso império do ramo de comunicação, em Manhattan. Minha mãe costumava trabalhar como empregada na casa de várias famílias ricas e havia conhecido os Donovan, a família que comandava a empresa. Ela sempre contava que o velho Charles Donovan tinha um gênio terrível e que os irmãos Donovan não valiam nada. Eu quase conseguia escutar a voz dela dizendo:
"Esses homens ricos se acham os donos do mundo e só usam a gente. Nunca caia na lábia deles".
Atravessei o amplo hall de entrada apressadamente e passei pela catraca. Estava me dirigindo a passos largos até o vestiário da equipe de limpeza quando alguém chamou meu nome:
— Lana? É você mesmo?
Era Jessica Collins, minha antiga chefe da época em que fazia estágio em uma empresa de recrutamento e seleção.
