Três dias atrás eu estava a ponto de roubar uma concessionária. Hoje, por outro lado, estou indo para a escola. A vida anda uma loucura.
Ainda sim, preferia passar pelo estresse de mil esquemas do Max do que isso.
Recapitulando, os dois dias depois daquilo não foram nada incomuns. Scott e Carter venderam as peças que conseguiram pegar e pediram pizza para comemorar. No dia seguinte, tive o luxo de acordar tarde graças a Zoe e passamos o dia juntas arrumando o que eu precisaria para a escola.
Aparentemente, uma ladra em treinamento ainda precisa ter educação.
Zoe me explicou que eles discutiram sobre o assunto e concordaram que seria menos perigoso para mim se eu estudasse. Minha opinião? Max já tinha isso tudo planejado, especialmente para que eu ficasse fora do caminho. Pouco importa.
A verdade é que está sendo difícil me acostumar com esse novo estilo de vida. Por mais que seja um alívio me livrar da minha mãe, não é todo dia que se foge de casa para morar em outra cidade.
— Aqui está. — sou trazida de volta dos meus pensamentos quando a moça da recepção entrega meu horário.
Dou um leve sorriso e me retiro da sala.
Vejo meu horário e a primeira aula é laboratório.
Ótimo. Era exatamente o que eu precisava. Não faço ideia de onde isso seja.
Perambulando pelos corredores, sinto alguém esbarrar em mim.
— Ei, olha por onde anda!
Essa voz não me é estranha.
Levo meu olhar à pessoa e imediatamente o reconheço. O garoto da concessionária. Abro um sorriso de canto.
— Vai fazer o quê? Chamar a polícia?
Seu semblante passa de confiante e levemente irritado para assustado em uma fração de segundo. Parecia que estava cara-a-cara com um fantasma. Mas ele se recompõe, tão rápido quanto antes, ao perceber a plateia. Um grupo de três meninos melequentos nos encaravam do outro lado do corredor.
— Não sabia que deixavam delinquentes estudarem por aqui. Esse lugar já foi melhor — ele diz com ar confiante e os amigos riem.
O palhaço da turma, então. É óbvio.
— Falou o cara do pai sonegador de imposto.
— Como é?
— O papai não te falou? Acho que vocês têm muito a conversar então, uma pena mesmo que eu tô atrasada, queria muito ver a reconciliação de pai e filho.
Saio andando sem esperar por uma resposta, mas paro imediatamente quando lembro que não tenho ideia aonde devo ir.
Mas que merda.
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𝐅 𝐈 𝐑 𝐄 𝐏 𝐑 𝐎 𝐎 𝐅 - Anthony Larusso
Fanfic"As pessoas costumam dizer que uma maçã nunca cai muito longe da árvore. Mesmo que, no final do dia, não faça tanta diferença, sempre tive medo de ser verdade. Talvez seja por isso que, com o menor dos esforços, ele conseguiu me convencer a deixar o...