Capítulo 4

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*Olá gente, nesse capítulo e em parte do capítulo 3 começou o desafio ao qual me propus, de me fazer entender (não tanto no capítulo 3 quanto neste, porque sou má mesmo rs), em descrever dois personagens em mundos tão diferentes, quanto o são Ceccile e Hugo. Não somente por Ceccile ter vivido a vida inteira em um mundo surreal criado por Elizabeth Nill dentro de sua fazenda e Hugo basicamente em outro universo, mas também pela língua natal, somando ao estado emocional atual de ambos.

Se estiverem gostando comentem, perguntem, terei grande prazer em responder e também de aprender com vocês. Beijo no coração.


(...)

Profundamente consternado, ele leva a mão no rosto - Diga, diga que vamos embora. - não imaginava que seu irmão havia descido tão baixo. Não com a avalanche de mulheres que já o recebeu em sua cama desde que Rafael entrou na puberdade.

John reflete por alguns instantes e se volta para Ana com sua própria versão escolhendo as palavras - "Ele está com raiva do irmão e vai defender a Ceccil"

Ana mira um e depois o outro e com dedo em riste ameaça - "Se machucarem ainda mais nossa Ceccil, vocês vão sair daqui a pé, porque eu e os outros" - ela aponta para trás em seguida para o helicóptero atrás deles - "vamos quebrar essa geringonça aí! E tem mais! Se ela não quiser falar com vocês. Nem tem conversa, vocês vão voltar para o inferno de onde vieram. Ou não me chamo mais Ana Schoeler!"

Hugo engole em seco e se aproxima de John - Ela disse Stoeller?

John nega - Não. Se acalme que depois eu explico. Vamos.

Ana segue na frente e Hugo segue ao lado de John logo atrás. E ambos ficam perplexos com a autoridade que Ana exercia sobre os homens, aos quais, sem dizer uma única palavra ela aponta quatro deles, e os demais se afastam calados, deixando-os em destaque e a acompanhar o trio para dentro da mansão. Ainda na varanda, Ana comenta em tom menos irritado algo a John e John traduz para Hugo;

- Ninguém além de Ana pode se dirigir a Ceccil - como Hugo demonstra não entender, John encolhe discreto os ombros - Não me pergunte, foi o que entendi.

Ana os faz sentarem lado a lado sob os olhares vigilantes dos quatro homens armados e segue adiante entrando em outra sala, e Hugo se volta para John apontando com um sinal discreto - São espingardas de caça? - John espia rapidamente e responde também discreto - Machucam tanto quanto, e as que trazem nas cinturas matam. - Onde vim parar. - Hugo reclama e John rebate - Onde "ele", e não diga o nome, nos fez chegar!

Ana volta ao hall tão irritada quanto estivera antes a apontar o indicador na direção de Hugo e indicando que saiam com a outra mão. Hugo se levanta rapidamente a falar de forma que Ceccile o escutasse - Ceccil, eu não machuquei você! Acredite, eu não machuquei você! - Vamos embora Sanders. - pede John a toca-lo no braço, mas Hugo insiste - Ceccil acredite, eu não fiz mal a você. Ao menos me dê uma chance de explicar!

A porta da antessala entreabre e Ana sinaliza aos homens que aguardem, quando estes se prontificam em sair.

- Hei Hugo, parece que conseguiu - comenta John com meio sorriso e ambos voltam a sentar

- Isso é...

- Surreal, eu diria - completa John a aguardar com Hugo.

- "Oh filha, deixa eu mandar de volta para o inferno de onde vieram esses demônios! - apela Ana preocupada e ainda exaltada.

- "Não vou me aproximar demais, Ana. Mas, Também não posso ser injusta - responde Ceccile um pouco mais calma, mas ainda com olhos úmidos - Todos os bens da senhora Nill é deles agora".

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