Capítulo 5

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Os funerais começam antes do fim de semana. Holly vai a tantos que pode, oferecendo apoio emocional e condolências.

Ela nota, há algo frio dentro dela. Quebrada. Ela sente dentro de seu âmago, mas contudo o que aconteceu, supôs ter sobrevivido a batalha enquanto várias outras pessoas e estudantes morreram. Era uma dor constante, ela não contou a ninguém sobre isso. Não foi ver um curandeiro, ela não pode. Os olhares e sussurros são alto demais.

Ir aos funerais somente faz com que a dor cresça, atingindo os ossos e enterrando debaixo deles. Mas também alivia dor, uma dor dentro de seu coração que grita pelas crianças que conhecia e não conhecia. E os adultos que conheceu.

O funeral do Fred passa em um borrão, ela não consegue contar o dia. Ela se lembra de segurar as mãos de Hermione e Gina, lembra de puxar a sra. Weasley de pé quando ela caiu em soluços e ninguém mais teve forças para levantá-la, não quando todos que a estavam segurando desmoronaram também.

Alguns deles ela sabe que estavam do lado oposto. Ela foi ao funeral de Vicent Crabbe com alguns alunos da casa da Sonserina presentes, como Draco e sua mãe Narcissa Malfoy. Ela é a única que vai até a Draco e dá suas condolências. E a única ali, ao lado dele, a colocar uma rosa no túmulo. A única ali que parece que não parece brava ou triste, apenas resignada.

" Por que você está aqui Potter ? " a voz do Draco lhe tira do devaneio.

" Ele tentou me matar, mas erámos - somos - todos crianças tentando sobreviver " ela diz inexpressivamente, olhando para alguns amigos e parentes depositarem as rosas e sair andando. Como se depois disso, não era da conta deles.

" Sinto muito " diz ele baixinho, perto do seu ouvido. Ela vira para encará-lo, com o olhar suave.

" Eu sei, sinto muito também. Por seu pai, pelas coisas que disse e fiz na escola. E também ... " pausou brevemente dando um suspiro cansado " Sinto muito por não ter aceito sua amizade, erámos crianças e eu ainda queria aprender a me adaptar ao mundo magico. E então, você foi lá e zombou da única pessoa que aceitou ser minha amiga. Eu fiquei brava, e por isso não aceitei sua amizade. Por isso, sinto muito "

Os olhos azuis prateados de Draco lhe avaliaram, sondando dentro de sua alma. Antes de sorrir e estender a mão. " Olá, eu sou Malfoy. Draco Malfoy "

Ela sorriu divertidamente, pegando a mão oferecida " Prazer em conhecê-lo Draco, eu sou Potter. Holly Potter "

E juntos formaram um laço de amizade, nunca previsto. E então depois do funeral cada um foi para um lado, onde a despedida não foi com insultos e zombarias, apenas um aceno cordial entre colegas de escola.

Ao voltar para seu quarto em Hogwarts, no quarto no dormitório masculino do quarto ano que ela reivindicou como seu. A sua agenda estava cheia de funerais datados, tirados diretos dos jornais e alguns membros da Ordem. Ela tenta a tantos quantos pode. Lembra.

Era o mínimo que ela podia fazer.

Ela não sabia mais o que fazer. Ou pode fazer.

Na segunda feira, ela escreveu e enviou os convites para o funeral do Antigo diretor e Mestre de poções Severus Snape. Como parte do cortejo, ela planejou citar uma das frases que viu nos antigos diários do professor. Como previsto, a leitura do testamento foi enviada pelo Gringotes dias antes.

Chegando no banco, os guardas lhe olharam feio. Ela engoliu o seco, mais tarde outro goblins lhe escoltou para uma sala privada onde estava o gerente do banco Garra Afiada lhe esperava. Grata pelo seu padrinho lhe ensinar alguns costumes, ela se curva mostrando o pescoço como sinal de respeito ao chefe Goblins.

Soulmate - T.M.ROnde histórias criam vida. Descubra agora