Nota: (1) Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling e a Warner Bros. Entertainment Int. Essa fanfic não tem nenhum fim lucrativo, é pura diversão.
(2) Contém relação Homem x Homem, portanto, se você não gosta ou se sente incomodado com isso, é simples: não leia.-x-
Draco gritou e se encolheu no banco, esquecendo completamente a missão autoimposta de proteger o ômega ao seu lado. Pansy e Hermione seguraram a mão uma da outra e se encolheram, chorosas. Harry, por sua vez, sentiu a respiração entalar no peito, o frio penetrando mais fundo em sua pele. Então, vindos de muito longe, ouviu gritos terríveis, apavorados, suplicantes. De repente, porém, uma voz conhecida e magnética o chamou no fundo de sua mente:
- Harry...
Os gritos cessaram.
O frio passou.
E os olhos de Harry giraram nas órbitas. Ele não conseguiu ver mais nada. Havia perdido completamente os sentidos, afogando-se naquela voz.
"Tom..." – pensou, antes de desmaiar.
-x-
Quando Harry abriu os olhos e percebeu onde estava, um gemido descontente escapou de seus lábios. O ano letivo mal havia começado e ele já estava na enfermaria. Ele sequer havia desfrutado do jantar de boas-vindas antes de se ver rodeado novamente pelas paredes brancas e pelo cheiro de poção antisséptica.
- Eu esperava vê-lo aqui somente no final do ano letivo, senhor Potter.
- Acredite, Madame Pomfrey, eu também.
- Aqui, coma um chocolate – ela enfiou um tablete de chocolate em sua boca antes que Harry pudesse responder – Onde já se viu, Dementadores no trem...
Harry engoliu com certa dificuldade, mas se sentiu um pouco melhor logo em seguida.
- Dementadores?
- Aquilo que abordou vocês no trem, senhor Potter – ela suspirou, afastando os cabelos de Harry e sentindo a temperatura na testa dele – Dementadores. Eles são os guardas de Azkaban e, ao que parece, estavam revistando o trem a procura de Sirius Black. Criaturas terríveis, sem dúvida.
Olhando em volta, Harry esperou ver mais estudantes que haviam passado mal, mas somente ele e Madame Pomfrey estavam ali. Ela pareceu notar seu olhar de estranheza vagando pelo local e comentou com rispidez:
- As pessoas reagem de forma diferente aos Dementadores, não pense muito sobre isso.
- Eu não lembro muito bem do que aconteceu – suspirou – só lembro de sentir uma tristeza profunda e ouvir um grito e então...
- Você desmaiou, meu rapaz. Isso acontece com ômegas mais delicados.
- Eu não sou delicado!
- Claro que não é – concordou distraída, agora tomando o seu pulso.
Harry revirou os olhos, mas disfarçou quando ela o encarou com aquele ar severo de sempre:
- Você já pode se levantar e voltar para o seu dormitório agora, vou pedir para um elfo levar o jantar para você porque já passou do toque de recolher.
- Obrigado, Madame Pomfrey.
- E não quero vê-lo por aqui de novo!
- Eu também não – murmurou com desânimo.
Quando Harry cruzou as portas da enfermaria, assustou-se ao dar de cara com suas melhores amigas apoiadas na parede, cada uma delas com um prato de guloseimas nas mãos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ômega
RomanceTentar mudar o "sempre foi assim" de uma sociedade alfacêntrica parece perda de tempo, e pouco a pouco você desiste de questionar aquilo que lhe parece estranho, deixando-se levar por o que todos falam, certo? Errado. Pelo menos para Harry Potter...