1| 𝒪 𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎-𝑐𝑜𝑠𝑡𝑎𝑠

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𝒦𝑎𝑡ℎ𝑒𝑟𝑖𝑛𝑒

A família Turner é mundialmente conhecida, isso porque meu pai, Bryan Turner é presidente dos Estados Unidos. Com essa posição do meu pai, veio junto preocupações e riscos na qual eu tenho que me manter segura. Em hipótese alguma estou autorizada a sair sozinha e por isso, o belíssimo do meu pai, resolveu contratar um guarda-costas pra mim.

Poderia ser pior, caso eu sequer conhecesse quem fosse seguir todos os meus passos, mas pelo menos meus pais tiveram a decência de contratar alguém já conhecido por mim. Vincent Hacker, mais conhecido como Vinnie. Estudamos juntos todo o colegial e éramos bastante próximos naquela época. Depois da formatura Vinnie se mudou e eu fui seguir meu futuro fazendo faculdade de administração. 4 anos mais tarde, me formei e comecei a trabalhar na empresa do meu pai, tendo a minha própria sala e meus próprios afazeres.

Acontece que estava tudo muito bom pra ser verdade e o senhor Turner simplesmente decide se candidatar à presidência. Foram meses de campanha para que ele finalmente conquistasse o povo e garantisse seu lugar na casa branca. Então, depois de tudo isso, veio o primeiro atentado contra mim, um sequestro que fez todo o mundo parar para reportar sobre a filha do presidente que foi sequestrada.

Depois de todo esse susto, Vinnie retornou para a cidade em que moro fazendo parte de um grupo especializado em segurança de famosos e pessoas importantes. Meu pai, como o super protetor que é, certamente o contratou, fazendo assim, a minha vida ser um inferno, até mesmo no meu apartamento, já que ele mora simplesmente no apartamento de frente para o meu onde todo o resto do corredor é simplesmente vazio, já que meu pai deu um jeitinho de mais ninguém morar ali.

Kiara e Kristen são minhas irmãs mais novas e também passam pelo mesmo que eu, porém tento um guarda-costas para as duas, já que são gêmeas e fazem exatamente tudo juntas. Por terem 15 anos, nenhuma das duas tem um terço da preocupação e estresse que eu tenho, me fazendo assim, ter até mesmo um pouquinho de inveja da vida que as duas levam.

– Vamos logo Katherine, ou seu pai vai ficar uma fera. – Reviro os olhos terminando de arrumar a minha bolsa e então abro a porta do meu apartamento dando de cara com o Vinnie de pé bem ali na frente.

– Pelo o que eu sei, meu pai te contratou pra ser  meu guarda-costas e não meu relógio. – Dou um sorriso falso e saio andando pelo corredor.

– Esqueceu de trancar a porta. – Diz me fazendo parar de andar e me virar na direção dele que continuava em frente a minha porta.

– Olha em volta, ninguém mais mora nesse andar, meu pai fez questão disso. – Reviro os olhos.

– Não deixa de ser perigoso. – Bufei batendo pé e fui trancar a porta. – Bem melhor.

Confesso que as vezes tenho vontade de simplesmente pedir ao meu pai que mande o Vinnie embora. Mas, quando me lembro das duas vezes que eu simplesmente fui parar na cama com ele, eu desisto rapidamente. O cara é um chato, mas quando se trata de beleza e um sexo do cacete, ele manda muito bem.

– Você sabia que eu tenho carteira a tempo o suficiente que me permite dirigir pelas ruas de Wilmington? – Digo emburrada no banco do carona.

– Eu sou o seu guarda-costas Katherine, treinado justamente pra dirigir caso alguma perseguição aconteça. – Ele estava com as duas mãos no volante e prestava atenção seriamente na estrada.

– Como se todo o mundo estivesse pensando em nos perseguir para me sequestrar, vindo justamente aqui em Wilmington. – Cruzei os braços.

– Seu pai escolheu Wilmington pra vocês morarem porque achava ser mais seguro e mais perto de Washington, mas isso não impediu de você ser sequestrada.

– Você insiste em jogar isso na minha cara né? Não precisa ficar me lembrando ou se esqueceu que fui eu a sequestrada? – Depois disso, o silêncio simplesmente tomou conta daquele carro.

Assim que chegamos na empresa que continua em sua plena funcionalidade, Vinnie ficou sentado em uma das cadeiras da minha sala enquanto eu resolvia algumas coisas e atendia alguns telefonemas.

A empresa agora é praticamente comandada por mim, já que meu pai cuida mais dos assuntos referentes à presidência. Com isso, todo o meu esforço estando aqui tem que valer muito a pena, porque é daqui que tiramos a maior parte do nosso dinheiro.

– Tenho uma reunião às duas, não precisa me acompanhar. – Falei enquanto pegava a minha bolsa e então simplesmente saí da minha sala, mas, para o meu azar pude ouvir passos bem atrás de mim. – Não escutou o que eu disse? "Não precisa me acompanhar."

– Sinto muito, mas eu não posso te deixar sozinha. – Reviro os olhos.

– Eu nem vou sair da empresa Vinnie.

– São ordens, eu tenho que estar sempre com você.

Seria inútil da minha parte tentar simplesmente discutir com ele, o cara é simplesmente irreversível. Caminhei até o elevador e enquanto estávamos sozinhos ali dentro, pude sentir seus olhos sobre mim me fazendo ajeitar os botões da blusa social branca que eu usava.

– Com certeza também são ordens ficar me encarando dessa forma. – O provoquei enquanto esperava o elevador chegar no andar desejado. Ele não respondeu fazendo assim um sorrisinho singelo aparecer no canto dos meus lábios.

A reunião demorou bem mais do que eu esperava e o Vinnie ficou todo esse tempo em pé, em um dos cantos da sala enquanto não desviava o olhar de mim por mais de dez segundos.

– Foi um prazer fechar esse negócio com você senhorita Tuner. – Sr. River estende a mão na minha direção.

– O prazer foi todo meu, Sr. River. – O cumprimentei mantendo um sorrisinho nos meus lábios.

– Me chame de Tobey. Até mais. – Assim que o cara saiu dali, Vinnie simplesmente se aproximou de mim apoiando as mãos na mesa bem a minha frente.

– Vai ficar me encarando desse jeito? – Levanto o olhar vendo o loiro ainda na mesma posição.

– Acha mesmo que foi uma boa ideia fechar negócios com o River? – Arqueei as sobrancelhas me ajeitando na minha cadeira.

– Pelo visto prestou bastante atenção no que estava sendo dito na reunião. – Cruzei as pernas e por estar com uma saia social, seus olhos foram de encontro a parte desnuda da minha perna, passeando por toda aquela área até subir novamente para o meu rosto.

– E como não prestaria? – Tirou as mãos da mesa e umedeceu os lábios me fazendo olhar diretamente para eles. – Se é pra ficar de olho em você, também posso ficar de "ouvido em pé" no que é dito ao meu redor.

– Acho que você se daria melhor sendo jornalista, já que ama ser fofoqueiro. – Me levanto pegando a minha bolsa que estava em uma outra cadeira e então saí dali junto com o Hacker que me seguia.

– Seu pai me notificou da viagem de amanhã. – Coloco o cinto de segurança e então o olho.

– Ele não vai poder me emprestar o jatinho, então a viagem vai ter que ser de carro. – Ele travou o maxilar.

Eu sei, deve ser muito chato passar seis horas em um carro comigo e não poder simplesmente parar no acostamento e foder comigo como se não houvesse amanhã. Ordens da segurança: jamais se envolver com quem paga o seu salário, algo que o Hacker não soube cumprir muito bem a um tempo atrás.

Meu Guarda Costas - VINNIE HACKER Onde histórias criam vida. Descubra agora