Meu Guarda Costas - VINNIE HACKER

5| 𝒪 𝑗𝑎𝑛𝑡𝑎𝑟

𝐾𝑎𝑡ℎ𝑒𝑟𝑖𝑛𝑒

Por algum motivo, depois que saímos daquela loja no shopping, Vinnie se mostrou completamente incomodado com alguma coisa. Talvez seja o fato de ter ficado completamente excitado e ao menos ter conseguido se aliviar, pobrezinho. Suponhamos que nesse jantar, as coisas possam ficar piores pra ele, já que o número uma da minha lista em relação à ele, é sempre o provocar, em qualquer oportunidade que seja.

– Uau Kath, você está linda. – Kia se aproxima sorrindo.

– E você está incrível. – Ela sorriu dando uma voltinha.

– E a Eve? Tem bastante tempo que eu não vejo vocês duas juntas.

– A Eve está viajando, mas disse que chega em breve.

Eve Williams, nada mais, nada menos que a minha melhor amiga. Eve e eu somos praticamente carne e unha, nunca nos desgrudamos, até essa viagem que está fazendo com que ela fique quase 3 meses fora.

Kia se apressou pra ir junto com os meus pais e eu, obviamente iria no carro com o Vinnie que estava me esperando no hall de entrada. Com meu salto fazendo barulho a cada passo que eu dava, me aproximei do hall vendo o loiro de costas, usando terno e de longe minhas narinas já foram capazes de captar seu perfume incrível.

– Vamos? – Chamei a sua atenção fazendo-o se virar pra mim e quando isso aconteceu, seus olhos percorreram todo o meu corpo.

– Vamos. – Travou o maxilar antes de abrir a porta e me dar passagem.

No caminho até o local do jantar beneficente, Vinnie e eu ficamos em completo silêncio, o que me deixou incomodada sentada naquele banco do carona.

— Vai mesmo ficar me ignorando? – Perguntei quebrando aquele silêncio ensurdecedor.

– Estou dirigindo.

– Sou capaz de enxergar isso. – Revirei os olhos. – Não precisa me ignorar depois de quase me foder
naquele provador. – Deslizei minhas mãos por sua perna chegando bem próximo a sua virilha. – Eu e você sabemos muito bem o que você queria fazer lá dentro. – Posicionei minha mão no seu membro fazendo com que ele se remexesse naquele banco.

– Katherine. – Me repreendeu me fazendo soltar uma risadinha.

– Veremos até quando irá resistir. – Dei um sorrisinho tirando a minha mão dali.

O local estava recheado de paparazzis e jornalistas. O dinheiro arrecadado será doado para instituições de caridade e isso atrai muitos olhares, principalmente pelo presidente estar presente.
Vinnie me ajudou a sair do carro e no instante em que coloquei meus pés no chão, os flash's vieram na minha direção fazendo Vinnie me ajudar a tampar os olhos.

– Katherine Turner. – Já na entrada, a recepção desagradável de Eleonor Bianchini, filha do vice presidente.

– Eleonor. – Sorri falsamente retribuindo forçadamente o abraço que a garota acabara de me dar.

O local estava cheio de pessoas importantes e Vinnie não saía de perto de mim nem mesmo quando eu ia cumprimentar alguém. Passei parte do meu tempo fugindo de perguntinhas chatas e principalmente da Eleonor, que insiste em querer se aproximar de mim com a sua falsidade sufocante.

– Vai começar o discurso chato e mimizento de sempre. – Cochichei no ouvido do Vinnie e me levante.

– Aonde pensa que vai? – Segurou meu braço assim que me levantei.

– Conhecer o lugar e fugir dessa chatice. – Soltei meu braço e comecei a andar sentindo Vinnie me seguir.

Suponhamos que eu não queria conhecer lugar algum, somente queria me afastar de toda aquela muvuca o que consequentemente faria Vinnie se afastar também e dessa forma ficaríamos sozinhos, perfeito.

Entrei em uma das inúmeras portas dando de cara com uma enorme sala rodeada de quadros por todo lado. Meus olhos percorreram cada quadro que tinha  ali, mas nada que fosse bom o suficiente para chamar a minha atenção.

– Vai admirar quadros? – Escuto a voz do Vinnie e me viro para o mesmo.

– Essa não é a intenção. – Sorri de canto me aproximando.

– Estamos em um jantar de caridade, com inúmeras pessoas, nem ouse inventar moda Katherine. – Suas palavras não me impediram de continuar me aproximando dele.

– Com perigo é muito melhor. – Fiquei a centímetros de distância do seu rosto sentindo sua respiração quente contra a minha pele.

Seus olhos ficaram focados nos meus por alguns segundos ate que sua mão segurou com força a minha nuca e encostou nossos lábios dando início a um beijo cheio de desejo de ambas as partes.

Com alguns passos durante o beijo, Vinnie encostou minhas costas na parede e a sua mão foi de encontro a minha coxa pela fenda do vestido. Com seus dedos bem próximos a minha virilha, comecei a escutar passos se aproximando, o que fez com que eu resmungasse durante o beijo e Vinnie também.

– Estávamos te procurando. – Era Kia e ela me olhava com um ar de quem sabia o que tinha acontecido ali. Vinnie e eu fomos rápidos em nos separar e ele estava de braços cruzados enquanto nos observava.

– O discurso chato já acabou?

– Sim, Eleonor está louca atrás de você. – Segurou no meu braço e começou a me arrastar. – Sei bem o que você e o Vinnie estavam fazendo ali. – Cochichou.

– Kiara! – A repreendi e a garota começou a rir.

A minha completa sorte é saber que as minhas irmãs jamais abririam a boca pra contar ao meu pai o que Vinnie e eu as vezes fazemos as escondidas.

— Vamos, seu pai pediu que eu te levasse mais cedo. — Vinnie diz próximo ao meu ouvido.

— Pensei que esse momento nunca fosse chegar. — Me levantei.

Tivemos a alternativa de sairmos pelos fundos e isso foi simplesmente a melhor coisa do mundo, sem paparazzis e repórteres chatos me perturbando.
Ao entrar no carro, a primeira coisa que eu fiz foi tirar meu salto que estava com certeza me causando pesadelos, eu odeio ficar desconfortável. Depois de checar que estava tudo 100% livre para irmos, Vinnie entrou no carro e colocou o cinto pronto para dar partida, mas eu certamente não iria deixar sairmos dali sem antes ele me dar uma ajudinha.

— Abre aqui. — Me virei um pouco e apontei para o fecho do vestido.

— Estamos no carro Katherine, em casa você abre isso. — Ligou o carro.

— Eu estou me sentindo sufocada com esse vestido, será que você pode simplesmente abrir pra mim? — Insisti. Eu pude ouvir sua respiração pesada, o que significa que ele não gostou nem um pouco da minha insistência. — Anda Hacker. — Assim que aquele fecho foi aberto, eu senti o maior alívio da minha vida, como é ficar sem essas coisas me apertando.

O caminho até a casa dos meus pais foi mais uma vez de silêncio e garanto que depois do que rolou na sala de quadros do jantar beneficente, Hacker vai me ignorar ainda mais. Ele não aceita em hipótese alguma a ideia de que se envolve comigo as vezes, deve até ter pesadelos quando acaba me beijando ou parando no meu quarto no meio da madrugada. Diferente de mim, que amo todos esses joguinhos.