Impulso

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Luah sentiu o coração disparar e quase sair pela boca, mas ela não resistiu, ela o beijou de volta, ele segurou suas faces, porém, não havia alguma força em seu gesto, aquilo de alguma forma causou arrepios no corpo dela. Se sentiu completamente tomada por uma força intensa que fazia sua boca explorar a do homem, sua língua tomar a dele com vontade e uma intensidade da qual jamais vivenciou na vida. O toque da mão pouco calejada e quente a fez gemer baixinho, e em meio ao gemido ele mordiscou seus lábios.

Um por vez.

A língua era ríspida e exigente, causou ainda mais arrepios imensos por todo o corpo dela, ela quis se afastar naquele momento, quis empurrar ele, mas não conseguia criar forças porquê de repente, seu corpo sequer conseguia se mover, as mãos suaves tocavam suas faces e seu corpo todo estremecia ao toque, a coisa mais estranha que ela sentia na vida.

Um misto de inesperado e algo tão desconhecido quanto entrar num quarto escuro.

Gabriel pressionou o corpo com mais força contra o dela enquanto língua devorava sua boca, a boca dele tinha gosto de menta, forte e refrescante, os dedos se enfiaram em sua nuca e ele começou a puxar os cabelinhos daquela região com afinco enquanto as pontas dos dedos massageavam o local, algo suave, acariciou o lugar com a ponta dos dedos devagar, arranhando-a com a mão grande e meio calejada.

Ela abriu a boca tentando puxar o ar, tentando ao menos ter forças para reagir e se afastar, não por medo, não por nenhuma sensação de pânico, apenas era uma reação de total surpresa aquilo, contudo, ele tomou-lhe o ar ao capturar seus lábios de novo. Os arrepios que ela deveria repelir ficavam mais fortes e não conseguiu se afastar.

Deus, o que estava acontecendo com ela?

Ele estava a beijando com toda liberdade do mundo e sabia que deveria se afastar agora, mas ela simplesmente não conseguiu se mover. Era assustadora a menção de apenas imaginar que estava cedendo porque estava... Gostando.

— Abra a boca! — ordenou ele secamente.

Ela estava tonta, tonta com todas as novas sensações que a invadiam, porém nem por um segundo pensou em negar, ela abriu a boca obedecendo à ordem daquele homem, daquela forma ele chupou sua língua, a sensação fez com que as pernas dela ficassem completamente bambas, era como se sentisse uma fraquejada severa e começasse a cair, Gabriel por sua vez a segurou pela cintura com firmeza e depois como se já estivesse feito aquilo centenas de vezes a pegou no colo.

Luah se sentiu mole, fraca, como se quase hipnotizada com os lábios daquele estranho, o estranho que havia beijado ela de uma forma penetrante e envolvente como nenhum outro o fizera em toda vida, provocando nela novas e incríveis sensações por todo o corpo.

Ele a depositou no sofá e se deitou sobre ela fazendo com que o corpo dela afundasse no estofado, não foi um peso ruim, Luah estava de certa forma fascinada com aquilo, o corpo dele de certa forma a impressionava, era grande e forte, como ela jamais viu outro homem em toda a sua vida.

A boca atrevida tomou a sua novamente fazendo ela estremecer, esquecer de tudo, ele a beijava com força, com firmeza, ela jamais foi tão longe quanto naquele momento, nunca se permitiu ser beijada tão íntima e intensamente, a língua morna causava sensações que atingiam o centro das pernas dela, fazendo com que o corpo estranhamente arqueasse de encontro ao dele.

— Está me provocando — Gabriel falou entre o beijo.

— O que vai fazer? — ela perguntou sem ar, o coração disparado, estava ofegante.

— Quer que eu te mostre?

Ele deixou seus lábios e Luah ficou sem saber o que dizer, Gabriel começou a levantar. Ofegante ela ficou ali parada observando-o em pé diante do sofá, ele olhando cada pequeno centímetro de seu corpo enquanto ela se consumia com a possibilidade de que aquilo era um erro sem tamanho.

À Primeira Vista - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora