Remus Lupin

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Remus Lupin from Harry Potter (young age).


"Fala sério, Lucius acha mesmo que vai ser um bom capitão de time?" meu irmão pateta resmunga enquanto leva uma coxa de frango à boca.

"Não fale de boca cheia, idiota!" repreendo-o com uma cotovelada.

"Sirius tem razão; esse ano nem precisaremos nos preocupar com a copa das casas, a taça já é nossa! " James sorri e faz um high five com meu irmão.

" Idiotas... " murmuro com um sorriso nos lábios finalmente levantando os olhos do exemplar de quadribol através dos séculos que tinha em mãos "Acho bom estarem certos; eu apostei 50 galeões com Régulos de que a taça seria nossa!"

" O QUE? " James grita cuspindo o suco de abóbora que tomava bem na cara de Peter.

" Porra S/n, 50 galeões? Você está louca?! " Sirius esganiça

"Não Siri, eu não estou louca; e de nada por confiar plenamente no potencial de vocês. " pisco para o mesmo que solta um sorriso maroto e acena em concordância.

" Certo; agora temos mais um motivo para a vitória: ganhar 50 galeões daquele babaca! " James ri.

" Ei! Os 50 galeões serão meus, obrigada. E aquele babaca ainda é meu irmão, cuidado com o que fala! " alerto com o cenho franzido em sinal de irritação.

"James não mentiu" Sirius murmura.

Apenas lanço um olhar raivoso na direção dele que dá de ombros e volta sua atenção ao prato.

Desde que Sirius e eu renegamos a posição política de nossa família, fomos deserdados e jogados na lama pelo clã dos Black's.

Régulos, no entanto, decidiu por não ir contra a família. Isso não fazia dele nosso inimigo... mas para Sirius sim!

Eu sabia que Régulos tinha um bom coração, e no momento que o calo apertasse ele faria a coisa certa.

Ele continuou me tratando bem depois da humilhação pública que nossos pais causaram, fez o que pode para nos ajudar... Mas Sirius nunca reconheceu isso. E eu não posso julgá-lo.

Me doía ter as pessoas que mais amava divididas, mas as coisas são assim. Nem tudo está sobre o nosso controle.

Assim como o que aconteceu entre eu e o melhor amigo do meu irmão.

Nada foi planejado. Tudo começou com algumas idas à biblioteca para estudarmos juntos; e quando percebemos - já estávamos emaranhados de forma irrevogável no coração um do outro.

Mas para nossa infelicidade, Sirius não era uma pessoa fácil de lidar.

Ele insinuou muitas vezes ao mais galinha de nós - James - que se algum dia ele me tocasse, estaria morto. Neste dia, ele falou sobre uma regra de que amigos não pegam familiares dos amigos, e isso fez com que Remus preferisse morrer a contar algo ao Sirius.

Não enquanto ele pensar como um girino, era o que eu falava.

Terminei meu jantar e tossi falsamente, chamando a atenção dos garotos.

"Rapazes, vou indo. Vejo vocês pela manhã."

Todos se despediram de mim e Remus me direcionou um longo olhar, que só nós sabíamos o que significava. Ou era isso que eu pensava.

Subi rapidamente as escadas até o sétimo andar, passando quatro vezes pela famigerada parede e esperando a porta dos desejos surgir.

Passados alguns segundos a sala precisa surgiu em toda sua glória e eu a adentrei.

Por dentro era um espelho da sala comunal da grifinória e não tive muito tempo para refletir sobre o que aquilo significava, pois logo mãos quentes taparam meu rosto e uma voz macia murmurou em meu ouvido.

"Adivinhe quem é?"

"Acho que um cachorro pulguento." ri me virando e selando os lábios do maior.

"Ha ha ha, como você é engraçada. Quando vai parar com essas piadas?" resmungou se jogando na poltrona em frente a lareira aconchegante.

"Se eu tivesse descoberto que meu namorado era um lobisomem da boca dele; não teria que fazê-las."

Quando o reconhecimento das palavras que saíram de minha boca me atingiu, senti minhas pernas bambearem.

Remo me olhava com os olhos levemente esbugalhados e as bochechas em um tom adorável de carmim.

"Do que me chamou?" perguntou divagando.

"Eu sei que não nos rotulamos e isso não é um problema pra mim. Apenas escapou sem querer e-"

"Não. Eu gostei. Me chame de novo!" exigiu, agora com um sorriso cobrindo seu rosto.

"Chamar de quê? Namorado, namorado?"

"Namorada. Isso soa tão bem." me puxou fazendo com que eu pousasse sobre seu colo.

Passei meus braços em torno de seu pescoço e sorri me inclinando para tomar seus lábios em um beijo exigente e desesperado.

Se isso pudesse ser feito através de um beijo, eu tomaria tudo que ele pudesse me oferecer naquele mesmo momento.

"Eu sei que nos esconder te machuca..." começou ao se separar de mim.

"Querido, isso não é verdade. Eu te entendo!" afirmei sem convicção nenhuma.

"S/n, fala sério." suspirou "Você pensou no nosso salão comunal. Era lá que você gostaria de estar. Era lá que deveríamos ter ido ficar juntos."

"É só um lugar, Rem. Eu quero estar onde você estiver." disse gentil, passando as mãos suavemente pela sua bochecha coberta por uma pequena cicatriz.

"Vou esperar até você estar pronto para conversar com ele." garanti.

"Eu acho que já estou." me olhou com firmeza e apoiou nossas testas.

"Então vamos lá. Prometo que comigo de escudo humano, talvez, ele não te mate." brinquei.

"Talvez?" sua pele empalideceu me fazendo gargalhar.

"Estou brincando, Rem. Nós vamos ficar bem. Eu prometo."

Ele ri em alívio e concorda.

"Contanto que estejamos juntos, não é?"





Fim.

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