Floricultura Cervero 2

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Bárbara se recompôs e foi para perto dos outros de novo e ficou em silêncio, talvez um lírio não seja nada demais para outras pessoas, mas para bárbara isso foi um grande passo, bárbara sempre foi muito vergonhosa, a única pessoa que ela "gostava" era Miguel irmão de milo, mas não era nada além de amizade, ela descobriu não ter atrações por garotos, desde então ela nunca havia ficado com alguém, nunca achou ninguém muito interessante o bastante.

Amelie nunca se importou muito com romance, ia em festas bebia e pegava quem via pela frente, a garota nunca sentiu nada demais sobre estes "romances" de uma noite, apenas uma noite e a pessoa teria sorte se a encontrasse de novo, Amelie sempre deixou bem claro que nada passaria de uma noite, Amelie desde sempre soube que gostava de meninos e meninas, a garota estava pouco se ferrando o gênero da pessoa, se fosse solteira ou não, até achava as pessoas "bonitas" nada muito demais, namoros com ela não duram, ela nunca traiu, a garota odiava pessoas infiéis ao ponto de trair, sabia que se traísse alguém estaria se tornando igual o seu pai, e ela com certeza não queria isso.

Logo o pedido deles foram entregues, kaiser ia entregar o de todos, mas milo empediu e fez que bárbara entregasse o de Amelie, a garota assim fez, entregou as coisas com cuidado e ia sair mas Amelie a empediu, ela apenas segurou a mão da loira com cuidado e sem força.

- que foi? - perguntou a loira constrangida

- Vamos conversar, florzinha - a platinada falou, a garota pálida corou fortemente demonstrando constrangimento máximo.

Joui, milo e dante apenas observavam as duas de longe, já kaiser e olivier conversavam sobre um campeonato de LOL que havia acontecido no dia anterior

- Hã, claro - ela se sentou na frente de Amelie constrangida, bárbara não fazia a menor idéia do que dizer

- Quantos anos você tem cachinhos dourados

- Vinte três e você? - perguntou curiosa

- Vinte e quatro, quanto tempo vocês tem esse lugar

-Quatro anos, daqui uma semana faz 5 anos - disse a mais nova entre sorrisos, amelie estava encantada pelo sorriso dela, suas sardas deixavam ela tão mais fofa pensava a mais velha, Amelie estava ficando louca, nunca sentiu algo assim, é só um sorriso, como um sorriso deixou ela tão... Apaixonada?

- Vocês vão fazer algo pra comemorar? - perguntou interessada

- Acho que vamos decorar o lugar e fazer coisas novas pro cardápio, nada muito demais - Amelie sorriu

- Parece legal, qual sua flor favorita?

- Pergunta difícil... - falou pensativa e sorriu reluzente - Lírio - Amelie sorriu para ela, o que deixou ela meio desconcertada, como apenas um sorriso deixou ela assim?

- interessante

Olivier agora olhava a irmã achando estranho ela sorrindo tanto e tão... estranha?

- Ela parece tão desconcertada, não sei - falou olivier para milo enquanto bebia um café gelado

- A bárbara também, chega até ser engraçado. - falou rindo fraco

Amelie e Bárbara continuavam a conversa sorrindo, bárbara falava qualquer coisa sobre flores e amelie ouvia concentrada, a garota não estava entendendo nada, mas não importa, ela só queria ouvir bárbara falar, com certeza se não fosse a loira falando Amelie estaria dormindo, Amelie não acha nada legal flores apenas fofo, mas pela loira ela aprenderia a achar legal

Dias se passam, todo dia Amelie aparecia alí, nem mesmo que seja 5 minutinhos, ela chegava conversava com bárbara e sempre aproveitando pra cantar ela e a deixar extremamente envergonhada, achava fofo isso e bárbara se "acostumou" com isso, elas começaram a sair juntas, trocaram números, mesmo de madrugada as garotas passavam horas e horas em chamadas de vídeo, bárbara sempre acabava dormindo na chamada, a garota trabalhava muito, com apenas 1 dia de descanso que se fosse pela garota ela ainda trabalharia, a garota era até que bem perturbada por dentro, traumas e traumas, tudo escondido em um sorriso e um rosto feliz e bonito, a garota sempre tentava esconder e ignorar suas dores e traumas, não se orgulhava disso, mas era o melhor a se fazer na cabeça dela. Os traumas a perturbam, mas se ninguém saber só irão perturbar ela...

3:00 AM DOMINGO

Sangue e sangue, a única coisa que bárbara enxerga, um mar de sangue, junto ela enxerga um corpo, um corpo em seu colo, seu rosto ensanguentado, a mãe da garota, exatamente como a mãe dela morreu, assassinada, um cara chamado barnabé, barnabé, ele era um grande amigo da mãe de bárbara, mas em um piscar de olhos ele virou o assassino da mãe da garota, a garota sempre se culpou por isso, foi culpa dela, se não fosse por ela nada daquilo teria acontecido, os únicos sobreviventes foram milo e bárbara, em meio a tantas pessoas... Milo e bárbara foram os únicos...

Bárbara acorda no pulo, soando frio e lágrimas escorrem em seu rosto, a garota não era perturbada por pesadelos a alguns meses, mas só basta ela lembrar disso em algum momento do dia que os pesadelos voltam e revivem a tristeza, bárbara nunca havia ficado nervosa assim com um pesadelo, estava tendo uma crise, respiração ruim e tremedeira, a garota se senta na cama e pega o celular com dificuldade sem saber o que fazer a primeira coisa que aparece é Amelie, ela rapidamente liga pra garota sem nem saber o que dizer, em um desespero essa era a melhor opção, o celular toca por alguns segundos e logo a garota é atendida, claramente o pânico dominava ela, os pensamentos ruins dominavam ela, a respiração falha e a tremedeira

-Barb... Tá tudo bem? - amelie fala nervosamente

-f-foi culpa minha... Foi culpa minha 'Melie, foi tudo culpa minhas, eles estão mortos por minha causa

-Barb, Calma, respira fundo, eu vou aí okay? Eu e o Oli - fala a garota e amelie apenas escuta o choro de bárbara no fundo

Amelie entrou no quarto do irmão que mexe no computador assistindo algo ele escuta a porta abrir com tudo e dá um pulinho

-Que foi Amelie? - perguntou olivier

-Vamos pra casa da barb

-Por quê? - o som do celular que estava no alto deu pra escutar uns soluços e alguém sussurrando "foi minha culpa", a garota permanecia em um choro forte, o garoto logo sacou e apenas pegou um chinelo e eles desceram e foram pra casa da bárbara e do resto dos garotos, Amelie continuava conversando com bárbara que havia se acalmado um pouco mas Amelie queria ter certeza que bárbara estaria bem até de manhã, quando estavam na porta eles desligaram a chamada com bárbara, a porta se abriu e eles viram, milo com um chinelo e com uma samba canção do homem aranha e uma camisa estampada do home Aranha ele encarou os dois confuso e abriu pra eles entrarem e viram bárbara descer, a garota usava um pijama igualzinho do milo, abracei forte e senti meu ombro sendo molhado por lágrimas

-barb, sei que não quer, mas você sabe que já está na hora de encarar isso e tentar superar, só vai piorar, eu me trato e estou mal, você não vai aguentar muito mais tempo - a garota levantou a cabeça e olhou pro milo e assentiu

O resto da noite dos 4 foi boa, eles ficaram na sala até de manhã assistindo séries

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Então acho que se vocês acharem legal vai ter uma última parte

Margarida na ilha - barbeli osni (barbara e amelie)  Onde histórias criam vida. Descubra agora