Já teve um dia em sua vida que custou a acreditar que aconteceu?
O natal para Bruna sempre foi uma data superestimada. Uma dessas datas que as pessoas insistem em dizer que acontecem coisas inscríveis, mas que nunca a seduziu. Um intercâmbio, um sho...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A manhã estava gelada, mas Bruna acordou nas nuvens. Sonhara o tempo todo com a noite perfeita que teve. No sonho, ninguém aparecia no show por conta do frio e ela tinha um show particular, depois se pegava com Zac no camarim, após pedir desculpas por gritar com ele. Assim como havia visualizado.
Relembrava feliz os fatos da noite e o sonho que teve, mas foi interrompida por uma ligação. Achou estranho, pois a ligação era no telefone do quarto. Ela foi chamada na sala da gerência, onde tinha feito a reclamação do funcionário atrevido. Ficou apreensiva, imaginando se poderia ter problemas, mas a conversa foi rápida e direta.
- E nós queríamos que aceitasse como um pedido de desculpas pelo ocorrido.
Bruna - Vão me dar um almoço como pedido de desculpas?
Respondeu escondendo a empolgação, mas não conseguiu esconder a irritação lembrando do ocorrido.
Bruna - Na verdade, eu merecia uma retratação daquele funcionário folgado.
"Não brinca com a sorte, Bruna."
Ela pensou assim que terminou a frase.
- Claro. Com toda certeza. A senhora está certa, isso acontecerá, mas gostaríamos que aproveitasse esse almoço especial.
Bruna - Certo. Agradeço.
Ela ficou muito entusiasmada. Tinha visto o restaurante, mas soube por Mateo que era uma área reservada para hóspedes ilustres. Imaginou que era lá que os Hanson faziam as refeições, por isso não os via.
Foi tomar o café e ficou imaginando que, como o show havia sido na noite anterior, aquela hora já deviam estar partindo e ela não os veria na hora do almoço.
"Talvez eles acordem tarde."
Aquela versão dos fatos lhe agradava mais: eles acordariam tarde e iriam direto almoçar e ela teria chance de vê-los novamente. Não conseguia evitar de criar uma história louca na mente onde, de alguma forma, eles acabavam se pegando na cozinha ou em qualquer canto do restaurante.
Depois do café foi até o spa. Havia marcado uma sessão de massagem, pois sabia que estaria cansada por conta do show. Por lá, ela ouviu que havia previsão de neve nos próximos dias e já decidiu que faria alguns passeios, antes que começasse a nevar e não conseguisse se locomover facilmente. Definiu que antes do almoço queria dar uma volta no Central Park. Era em frente ao hotel e ela ainda não tinha ido até lá. Depois pensaria no que fazer no resto do dia.
*
Apesar do frio, o parque estava cheio. Como tinha pouco tempo antes do almoço, queria apenas comprar um café e sentar em algum lugar com seu livro. Voltaria a noite visitar o rink de patinação e talvez ir a algum bar próximo.
Comprou o café, sentou num banco e alternou a leitura com a observação do parque. Depois tirou algumas fotos, caminhou um pouco e decidiu voltar ao hotel, pois já estava com fome. No caminho se assustou quando alguém tocou seu ombro.
