1 - 21/12/2018

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Quando Bruna desembarcou em Nova Iorque, quase não acreditou no frio que fazia, mas ficou feliz, pois queria dizer que havia chances de nevar

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Quando Bruna desembarcou em Nova Iorque, quase não acreditou no frio que fazia, mas ficou feliz, pois queria dizer que havia chances de nevar. Ela nunca tinha visto a neve de perto, mas quando saiu do aeroporto, quase desistiu do desejo: o frio era absurdo. Tomou um táxi e foi direto para o hotel. Precisava se agasalhar mais e sair para providenciar um casaco mais pesado, pois precisaria, se quisesse sair a noite. Bruna era carioca, aquele frio para ela era uma tortura.

Fez o check in ainda pela manhã. O hotel era incrível. Ela já imaginava, pelo valor que custou. Se não tivesse ganhado parte de tudo aquilo que estava gastando, não passaria nem pela calçada, pensou.

Foi para o quarto, reconheceu o ambiente e depois ligou para Lia

Bruna - É podre de chique! Tô me sentindo um peixe fora d'água e um pouco culpada também.

Lia - Ai, prima, pensa que não tem volta e tem que fazer cada centavo valer a pena. Aproveita tudo o que tiver aí.

Bruna - Antes preciso criar coragem de sair para comprar um casaco e umas coisas para comer.

Lia - Para comer? Mas não tem refeição inclusa?

Bruna - Tem, mas tudo aqui é extremamente caro. Vi que qualquer bobagem extra pagaria uma refeição na rua. Vou comprar uns refrigerantes e umas besteiras para deixar no quarto. Ah, e cerveja.

Lia - Isso porque está frio.

Bruna - Você sabe que não fico sem minha cervejinha. Ainda mais sozinha aqui. E o consumo extra aqui é o olho da cara.

Lia - Bruna, entendo que tem que ser consciente, mas você economizou para isso, não foi?  Promete que vai se dar alguns luxos? E tira foto para eu morrer de inveja.

Ela riu.

Bruna - Vou tentar. Tem um mini spa dentro do hotel e algumas coisas não cobram extra, tipo massagem, então vou tentar aproveitar. Tem um serviço de beleza também e pensei em me maquiar no natal, apesar de ser cobrado, mas o pessoal aqui tem uma cara de cu, que não sei se terei coragem de ir até lá.

Lia riu alto.

Lia - Não é como no Brasil, Bruna. Não espere ser tratada como no salão da Marilda, mas vai sim. Empina o nariz e manda ver. Até parece que cara feia te intimida. Vai ao Rockefeller Center?

Bruna - Sim. Quero fotos da árvore de natal de lá e também das decorações da quinta avenida, quero ir numa pista de patinação e assistir ao musical "Quebra nozes" e visitar a feira natalina no Central Park. Tem muita coisa pra ver.

Lia - Não deixe de registrar tudo e me mostrar!

Bruna - Sim, te mando tudo. Bem, agora deixa eu ir, porque dei uma olhada no noticiário assim que cheguei e disse que o tempo vai piorar. Como se fosse possível fazer mais frio do que está. Não consigo nem imaginar. Eu vou congelar!

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