Capítulo 7

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- O que fazemos?

- Vamos subir, deve ter mais inimigos tentando invadir o castelo, lá de cima a gente pode ver melhor e tentar derrubar alguns antes deles entrarem.

Eu o segui, pulando escombros e desviando de feitiços, ás vezes precisando nos abaixar para escapar de um ou outro ataque. Colin não soltou minha mão nem mesmo quando começou a suar.

Suas mechas loiras estavam grudadas em seu rosto e fuligem se prendia em sua pele. Ele estava confuso, olhando para o alto da escada lotada de comensais.

- Colin - eu chamei sua atenção - sei que está querendo ir para a torre da Grifinória mas é muito arriscado, vamos para a da Corvinal. A altura é a mesma.

- Tem razão, fica atrás de mim.

Alcançamos a escada sem dificuldade e como o esperado o caminho até a torre oposta estava um pouco mais tranquilo apesar de tudo já estar destruído.

- Estupefaça - o feitiço passou bem acima da minha cabeça, olhei na direção da voz e vi um aluno da Lufa-lufa apontando sua varinha para mim.

- Ela está comigo - Colin gritou, o menino assentiu e saiu correndo pelo outro lado - tem que tirar seu uniforme.

- Eu pego alguma coisa na Corvinal.

- Não vamos arriscar - Colin tirou sua camisa ficando apenas com a regata que usava por baixo - vista isso.

[- Não vamos arriscar - Colin tirou sua camisa ficando apenas com a regata que usava por baixo - vista isso]

Eu obedeci mas enquanto estávamos abaixados vimos Amico seguido da irmã, saindo da comunal da Corvinal.

- Temos que impedi-los.

- Não sabemos onde estão indo.

- Bonnie, acha mesmo que não estão fazendo nada ruim? Sabendo quem são.

Eu assenti, ele estava certo, mas tive medo que Colin deixasse suas emoções falar mais alto e nos envolvesse em uma tarefa suicida por isso.

Seguimos a trilha de poeira deixada pelos Carrow, eles estavam indo em direção á Torre de Astronomia andando apressadamente.

Paramos na escada circular e Colin se virou para mim.

- Eu vou primeiro e aviso quando for seguro.

- Isso não faz sentido. Eu vou com você.

Então ouvimos uma voz, alta e forte. Era Voldemort e parecia descontente.

- Perderam o menino.

- Milord - Alecto suplicava - ele estava camuflado.

- Isso não é desculpa, onde está o diadema?

- Não encontramos ainda. Mas o menino também não.

- Essa é a última chance que eu lhes dou, achem o diadema antes dele ou não terão uma morte rápida.

Um som de farfalhar como papel amassado e Voldemort não era mais ouvido. Colin olhou para mim e eu sabia o que ele pretendia fazer.

Segurei firme minha varinha e juntos subimos os degraus que faltavam até a sala de Astronomia, os Carrow se viraram para nós bloqueando nossos feitiços estuporantes.

Entramos em um duelo intenso, lado a lado, Alecto insistia em atacar Colin enquanto eu me ocupava com Amico.

- Ascendio - Colin foi arremessado para cima e voltou ao chão batendo as costas contra o assoalho.

- Não!

- Diffindo - Amico me atingiu, sua varinha se movimentou abrindo vários cortes no meu corpo.

- Espera, Selwyn é um aliado se matar a filha dele.

- Selwyn está morto, foi pego por Remus Lupin.

- Ah, nesse caso deixe-a sangrar.

Alecto andou até Colin que tossia e tentava se levantar, pensei em quantas costelas ele teria quebrado, ela apoiou o pé sobre o tórax dele fazendo-o se contorcer de dor.

- Aquamenti - um jato d'agua saiu da varinha de Alecto enquanto ela sorria.

Colin começou a engasgar, a bruxa não afastava a varinha que derrubava uma enxurrada sobre o rosto dele.

- Para.. - eu tentava falar, o chão abaixo de mim se transformando em uma poça com meu próprio sangue - vai afogá-lo

Alecto riu ao perceber que Colin já não lutava mais, inconsciente.

Juntei todas as forças que ainda tinha, tateei o chão até encontrar a varinha, ela escorregou algumas vezes antes que eu pudesse segurá-la com alguma firmeza.

- Reducto - o lampejo saiu da minha varinha acertando Alecto na cabeça, ela cambaleou para trás, Amico tentou segurá-la mas estavam perto demais da borda, ela caiu sobre ele que não teve reação, enquanto a cabeça da mulher era reduzida a cinzas, ela e o irmão caiam para a morte, do ponto mais alto do castelo.

Colin estava imóvel, me arrastei até ele deixando uma trilha de sangue pela sala.

- Anapneo - virei seu rosto implorando para que não fosse tarde - por favor, Colin. Anapneo.

Ele tossiu, cuspindo muita água e depois urrando de dor.

Deixei meu corpo cair ao lado do dele, Colin demorou um minuto para recobrar seus sentidos e olhar para mim, os cortes profundos sangrando sem parar.

Ele tirou a varinha da minha mão, quase tão sem forças quanto eu.

- Episkey, episkey, episkey - ele apontava para cada um dos cortes, ou tentava - você me salvou.

- Eu disse que precisava ficar.

Ele riu, fraco no começo, mas logo estava gargalhando e eu o acompanhei, mesmo com a dor me sentia aliviada.

Não sabíamos como os outros estavam indo, mas pelo menos Harry teria uma chance a mais sem os Carrow em seu encalço.

Olhei para Colin do meu lado, nossos corpos em meio á água e sangue, seus cabelos molhados o deixavam ainda mais bonito, senti meus olhos pesarem.

- Tudo bem se eu dormir?

- Só se prometer acordar - ele também havia fechados os olhos.

- Você também.

Valente - Collin CreeveyOnde histórias criam vida. Descubra agora