- Simone... – Aproximou-se dela novamente. – Isso nunca mais vai acontecer nas nossas vidas. Nós vamos sair daqui e voltar para os nossos casamentos, nossos filhos, nossa vida normal como sempre foi. Você realmente não quer viver isso aqui? – Disse e segurou a mão dela.
Simone queria, ou achava que queria, mas o medo e tudo o que aprendeu em seus mais de cinquenta anos de vida estavam ali, fazendo um peso enorme. O silêncio prolongado fez com que Soraya entendesse.
- Tudo bem, você sabe que eu te respeito mais que tudo – apertou a mão dela e a puxou, dando um beijo em seu dorso. Soltou a mão da senadora e começou a dirigir-se até a porta. Nesse momento, todas as palavras de Soraya e tudo o que havia visto e ouvido nos últimos meses passaram em sua cabeça como um filme. Ela estava ali, Soraya estava ali. Todas as incertezas e curiosidades, mais latentes do que nunca. Se não fosse agora, não seria mais em momento algum.
Dessa vez, foi até Soraya e a puxou para o terceiro beijo. Colocou uma mão na cintura da loira e a outra e seus cabelos e concentrou-se no sabor dos lábios macios, no jeito como a outra segurava suas costas, no calor que transcorria entre os corpos. Só despertou um pouco do transe quando sentiu as mãos de Soraya subirem por sua barriga e as pontas de seus dedos tocarem-lhe os seios. Gemeu entre o beijo e parou, novamente.
- O que está fazendo? – Perguntou, ofegante.
- Não posso? – Soraya perguntou com a cabeça baixa, olhando suas mãos nos seios da morena.
- Você quer...? – Perguntou apreensiva e Soraya entendeu o que ela queria dizer.
- Simone, eu não tenho mais idade para ficar trocando beijinhos igual a uma adolescente – deu um sorriso provocante. Aproximou-se da senadora e falou no ouvido dela: – Eu quero te tocar.
Simone parecia apavorada e excitada, que era exatamente o estado em que se encontrava naquele momento.
Sem esperar respostas, Soraya começou a desabotoar sua blusa social sob o olhar atento de Simone. Quando terminou, olhou encantada os seios fartos da mulher a sua frente, cobertos por um sutiã preto que contrastava com sua pele extremamente branca. Curiosa, passou o dedo pela parte descoberta e sentiu Simone arrepiar.
- Você é linda – sorriu para ela.
Tudo aquilo era tão erótico para Simone que ela só conseguiu puxar Soraya novamente para um beijo. A sensação maior do toque, por conta de sua blusa estar aberta, tornava tudo ainda melhor, e ela gemeu alto quando sentiu as mãos de Soraya tocarem sua pele nua. A loira explorava toda a região de suas costas e logo trouxe-as para a frente, passando as pontas dos dedos de leve. Por impulso, segurou os seios de Tebet por cima do sutiã e os apertou, o que fez a morena abrir a boca.
- Você é muito ousada – disse no ouvido de Soraya e começou a descer uma trilha de beijos por ali. Soraya fechou os olhos e se concentrou em sentir os lábios macios e quentes em sua pele. Ao mesmo tempo, suas mãos curiosas que ainda seguravam os seios de Simone descobriram que seu sutiã abria pela frente. Sem pensar, abriu-o.
Simone assustou-se e olhou para Soraya, que sorriu travessa.
- Que sorte a minha, não? – Sorriu enquanto apalpou os objetos de seu desejo e voltou a beijar lascivamente a senadora. Dessa vez, beijavam-se sem nervosismo, apenas com volúpia, desejo, com vontade de sentir tudo o que tinham a oferecer.
Simone conhecia Soraya há mais de vinte anos e nunca, em nenhuma ocasião, imaginou a loira passando as mãos por sua pele nua e segurando seus seios. Saiu do pensamento quando sentiu Soraya prender seus mamilos entre os dedos.
- Ah! – Gemeu alto. Soraya a olhou preocupada.
- Te machuquei?
- Não – Simone sorriu. – Posso ver você também?
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Acontece [Simone/Soraya]
RomansaNo último dia de trabalho da senadora federal Simone Tebet, uma reunião informal leva a caminhos jamais imaginados pela anfitriã e certa convidada que ali estava. Os fatos retratados aqui não têm relação com a realidade.