Já se passam das sete da noite, estou sentada no sofá roendo as unhas, rodei a casa e encontrei um taco de baseball e um bom esconderijo, enrolei alguns arames enfarpados nele, não faço ideia do que me espera, mas temo que não seja algo bom. Espero que minha mãe não me ligue e Alyssa não vá ao meu dormitório. Deito sobre o sofá olhando para o teto, pego meu celular e o coloco para despertar as nove horas em ponto. Sinto meus olhos pesarem e deixo que o sono me leve, para um lugar bem longe daqui.
O som frenético do despertador toca me assustando, sento no sofá sentindo minhas costas doerem, levanto e começo a caminhar por cada canto da casa, acendendo todas as luzes, um barulho ao lado de fora me faz parar e ir até a janela, uma Audi R8 preta surge na entrada, meus olhos brilham ao ver o carro, mas meu coração se acelera ao se tocar que eles já chegaram, as portas do carro se abrem e a primeira coisa que vejo são um par de botas pretas saindo, meu coração quase salta para fora, máscaras eles estão usando máscaras, como as do filme Scream, um deles se vira para onde estou e encara fixamente, fecho a cortina rapidamente e pego o taco e meu celular em cima da mesa central, corro pelas escadas indo até um dos quartos, entro no closet e deixo a porta entre aberta para não deixar suspeita, abro uma das portas do guarda roupa e o escalo subindo na última prateleira onde tem cobertores, puxo a porta e se escondo atrás dos cobertores.
O relógio marca nove e quinze, posso sentir minhas mãos suarem, me sinto enjoada, eles não vão me machucar não é? Respiro fundo escutando barulhos ao lado de fora, as máscaras voltam a minha mente e meu coração pulsa ainda mais rápido, droga.
21:30
Vejo as luzes se apagarem pela fresta do closet, agarro meu taco com mais força, respirando fundo, o que porra eles vão fazer? Talvez seja apenas uma brincadeira de mal gosto.
Medo, era o que me corroía neste momento, por outro lado adrenalina corria por todo meu corpo, eu gostava daquela sensação, mesmo me sentindo angustiada.
Um estrondo percorreu meus ouvidos no andar de baixo, o relógio marcava dez horas em ponto.
Pude sentir todo meu corpo formigar e uma pontada no estômago. Um silêncio preencheu todo o local e então pude sentir aquele guarda roupa se tornar pequeno. Não conseguia enchegar nada além da escuridão, a ansiedade me fechava como nunca. O medo me abraça de uma forma intensa que não conseguia distinguir os barulhos e ruídos da imaginação com a realidade.Me certifiquei de acender as luzes de todos os cômodos da casa e fechar as portas, assim eles demorariam mais para me achar, pelo que parece estamos em seis ou seja apenas eles
estão aqui, senti um espasmo correr meu corpo quando escutei a porta do quarto abrir, eu não conseguia enchegar nada, cobri minha boca, para minha respiração não fazer som, passos pesados adrentaram o quarto junto com algo se arrastando, julgo ser uma arma como meu taco.Uma risada preencheu o local me causando arrepios.
– Parece que você sabe brincar Esmeralda - Theodore, como não o reconhecer? Meu nome em seus lábios soavam como um insulto, pude ouvir seus passos pelo quarto
– Não passou pela sua cabeça ter câmeras pela casa? - ele perguntou e minha respiração falhou e meu sangue gelou, novamente sua risada rouca preenche o ambiente - Não se preucupe, não foi preciso usar-las, me certifiquei de desligar uma por uma, sua tolice me permitiu saber que estava aqui - ele diz e eu permaneço em silêncio suplicando para que ele ache que está errado
– Foi inteligente apagar as luzes, fechar as portas, confesso, mas você é burra Esmeralda, tão patética - ele ri e meu sangue ferve - Seu perfume é enjoativo a propósito - ele diz e posso sentir que vou desmaiar - Isso é um chute ok? Escute, de baixo da cama é patético, você pensou, talvez o banheiro? Não, certamente. - seus passos pesados se aproximavam do guarda roupa e eu tremia ele arranha as portas do guarda roupa com o que estava segurando - Belo esconderijo eu diria - ele diz abrindo uma das portas do guarda roupa
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Entre o Caos (+18)
Teen Fiction" - As vezes o que é proibido se rompe, quando sua esperança aparece em meio a nossa guerra, de qualquer forma o perigo sempre me atraiu de forma intensa, assim como seu amor me viciou como a mais bela droga "