Innocently| chapter forty six

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Chapter Song

Impossible | James Arthur

Thomas H. | Londres 6 ° ❄️

Estou desesperado, quando eu a vi em perigo e quando vi que a minha pessoa não poderia fazer nada com que ficasse segura, desabei. Quando alguém que amamos está em perigo, a vida nos obriga a sermos fortes e enfrentarmos o que virá e enfrentarmos o que se foi, lembrarmos que apesar do nosso querer ser inúmero, não conseguimos fazer nada, nem ao menos temos a chance de trocar de lugar, nem ao menos temos a chance de evitarmos.

Observei aquela maca entrar para a sala de emergência e seu corpo estar coberto do mais puro sangue, observei seu cabelo não ter a vida que lhe pertencia, observei a mulher que amo e que prometi cuidar e proteger quase morrer, mas há algo que não consegui observar, ainda não observei o seu perdão, não observei ela me perdoar, e ainda não à ouvi dizer o quanto sou idiota e desleal.

"Ah Ana, o quanto que eu lhe amo!"

Estou a mercê de notícias, sentado na sala de espera, minha mãe e familiares estão sentados a minha volta, tentando de certo modo me acalmar e procurar alguma palavra de conforto que não me confortará. Sam está em outro mundo, suas lágrimas escorrem molhando a blusa de tricô escura de minha mãe, Harry se esforça para segurar minha mão e não solta-la pois seguro com toda a minha força, Paddy e meu pai estão nos observando com piedade, até eles desejarem nos abraçar e se aproximar.

- Meus filhos! - Meu pai nos aconchega para um abraço em trio, Sam, eu e ele, depositando um beijo em nossa testa.

- Eu não posso perde-la pai! - Digo, em meios as lágrimas frias que escorrem meu pescoço a baixo.

- Pai, diz que elas irão ficar bem! - Sam reluta, ainda desacreditado.

- Sim, minhas noras e minha neta irão ficar bem, tenho certeza! - Dominic derrama suas palavras de conforto sobre nós, sem sucesso.

A verdade é que todos tentamos dizer algo que irá confortar, mas não há o que fazermos, e se não ficar tudo bem? Tudo bem não ficar bem? Não.

Ouço meu celular fremir no bolso de minha calça, retiro-o e vejo a tela brilhar. HAZ.

— Haz... - Atendo, ouvindo o silêncio do outro lado da linha, segurando as lágrimas, tentando formular algo para dizer que quebrar este silêncio.

— Tom, eu sinto muito irmão. - Ele diz, calmo. — Irá ficar tudo bem, elas serão fortes, tenho certeza disso!

— Harrison! - Digo firme. — Por favor, não seja o tipo de pessoa que irá segurar em meu ombro e dizer que irá ficar tudo bem! Elas estão morrendo! - Continuo a dizer, firme, com os olhos inundados por lágrimas que estão prestes a cair.

— Digo isso porquê irá ficar tudo bem, Thomas! - Seu tom de voz muda, o que possuia calma, agora possui raiva. — Tente manter a calma, irá ficar tudo bem! Ninguém irá morrer, pensei positivo, por elas, por elas pense positivo.

— Eu a vi sangrando. - Tentando respirar, digo algumas palavras, enquanto soluço pelo choro entalado. — Eu vi usarem um desfibrilador cardíaco em Ana, e ela não estava reagindo a ele.

— Poxa cara, estou comprando as passagens para retornarmos à Londres, Abby e eu. — Thomas, como ela está? - Ouço Abby gritar, desesperada, seguro meu soluço, e deixo com que as lágrimas caiam.

— Logo mais estaremos em Londres, aguente firme irmão! Nos dê notícias, irá ficar tudo bem! - Haz diz. — Estamos arrumando as malas, o vôo será ainda hoje, amanhã de manhã estaremos com você! - Ele faz uma breve pausa, pelo meu silêncio. — Elas irão viver!

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