Capítulo 8: Esse é o fim

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This is the end
Hold your breath and count to ten
Feel the Earth move and then
Hear my heart burst again

For this is the end
I've drowned and dreamt this moment
So overdue, I owe them
Swept away, I'm stolen

Let the sky fall

...

— O que aconteceu? — Paro ao lado de Pedro, que tinha acabado de derrubar dois telmarinos no chão 

— O plano não saiu como planejamos — Ele olha ao redor antes de voltar seu olhar a mim, estava ofegante, cansado e suado, mas seu olhar era destemido, como sempre — Mas eu tenho algo em mente, um... um plano B

— Que plano? 

— Você vai ver. Agora vamos — Ele começa a correr em direção ao portão e eu o sigo 

— Pedro! 

O loiro me ignora e começa a girar a alavanca para abrir o portão. Logo Susana e Caspian aparecem

— Pedro! É tarde demais! Temos que recuar enquanto podemos — Diz Susana 

— Não, eu ainda posso fazer isto! — Ele estava determinado, usava toda a sua força para tentar abrir o portão. Pude ver que os soldados estavam se aproximando — Ajudem-me! 

Ficamos relutantes por alguns segundos, mas logo nós três corremos em direção a alavanca para ajudá-lo. A sensação de incerteza e tensão que pairava sobre nós era desesperadora. Cada vez que minhas mãos tocavam aquela alavanca, um aperto no peito surgia e se tornava cada vez mais doloroso 

— Por quem exatamente está fazendo isso, Pedro? — Susana pergunta, mas ele a ignora. Podemos escutar os gritos furiosos no fundo significando que os telmarinos estavam cada vez mais próximos 

Edmundo surge em minha mente de repente. Será que ele tinha conseguido derrubar aquele soldado? Ele está bem? Por que ele ainda não fez o sinal para as tropas?. Meus olhos vão de encontro com o topo da torre onde estávamos, mesmo de longe, consigo ver Edmundo chacoalhar a lanterna. O que ele estava fazendo?. Logo a lanterna se acende e ele a aponta de imediato para as tropas, chamando-as. Vejo pelo portão a multidão de narnianos vindo. Todos passam pelos portões e vão direto aos telmarinos. Pedro e Caspian pegam suas espadas e eu e Susana preparamos os nossos arcos

— Por Nárnia! — Grita Pedro e começamos a correr até os telmarinos 

É agora ou nunca 

Haviam milhares deles e, analisando bem a situação, meu arco não seria a melhor opção para a ocasião. Eu tenho três opções. A primeira é ir até um lugar mais alto que seria mais vantajoso para usar o arco, mas o único lugar bom que avistei estava infestado de arqueiros telmarinos, e os outros precisam de mim aqui em baixo. A segunda opção é arriscar e usar o arco aqui mesmo, o que não é de todo ruim, mas é muito melhor estando em um lugar mais alto. E a terceira e última opção é utilizar a espada mesmo não tendo muito domínio com ela. Considerando bem minha opções, guardo meu arco e pego a espada, deixando-a firme em minhas mãos. É hora do show 

Por mais que minha habilidade com a espada não tenha sido bem aprofundada, acho que o fato do meu aprendizado ter surgido dos dois considerados melhores espadachins de Nárnia, Edmundo e Ripchip, vá ajudar

Era difícil manter a espada firme em minhas mãos enquanto milhares de telmarinos corriam em minha direção, mas eu fazia tudo que podia e sabia para me defender e para atacá-los sem me ferir. As lembranças dos ensinamentos de Edmundo e Ripchip rodeavam em minha cabeça. Haviam narnianos e telmarinos lutando para todos os lados, escutavam-se gritos e o barulho das espadas se chocando umas contra as outras 

Perdida em NárniaOnde histórias criam vida. Descubra agora