PRÓLOGO

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Depois que derrotaram Kate, Derek decidiu que era hora de se afastar de Beacon Hills. Ele tem suportado mais dores do que amores nessa cidade. Mesmo que ele queira proteger o legado de sua família, mas no entanto, se continuasse ali, o sangue de sua família se extinguiria.

Ele perdeu muito no processo, então decidiu aceitar o convite de Cora, sua irmã mais nova, e passar um tempo indeterminado na América do Sul. Mesmo já se despedindo da pack McCall, a seu modo é claro, não foi capaz de se despedir do jovem rapaz imperativo. Não da forma como queria. Ainda tinha uma última coisa a fazer na cidade.

Ele precisava se assegurar que os bens de sua família fossem bem guardados durante seu tempo fora. Passou no cofre de sua família e inspecionou o que restara lá, o que não era muito. Agora só faltava ir ao Nemeton, mesmo sobrando só as raízes da árvore, ela ainda era capaz de fazer muito estrago, como foi comprovado, mas também ela podia conceder bênçãos que era o que ele queria agora. Bênçãos.

Derek estava cansado de fugir, mas não podia mais ficar e no fim ele estava sozinho como sempre esteve, graças a si próprio. A árvore só permitia ser encontrada se ela assim o quisesse, mas agora que Derek conseguiu desbloquear as suas memórias ele sabia muito bem como encontrar o seu caminho.

Observando o enorme e espesso tronco de árvore a sua frente, o Hale então fez um pedido, um desejo por assim dizer, ele desejou que a sua família cresça e prospere como outrora.. Ele desejou com afinco que mais nada de ruim ocorresse e que isso permita que a sua família cresça.

Para selar o pedido, como se fizesse um pacto, Derek sacou um canivete e cortou a carne de sua mão derramando uma fração do seu sangue na cepa ressequida. Sua ferida curando-se em seguida.

O lobo leu em algum lugar que ele poderia obter boa sorte se fizesse esse "ritual" em uma árvore sagrada ou seja um Nemeton. Não custava nada tentar, mesmo que muitos alegassem que seria tolice e um tanto quanto descuidado de sua parte prosseguir com tal ato. Mas estava crente que nada demais aconteceria...

Mas então, por ironia do destino ou o seu carma incrivelmente podre, a árvore que se mantinha inerte tremeluziu como se estivesse em terremoto no centro de uma estrela incandescente. O chão tremeu e a luz ofuscou as vistas de Derek momentaneamente. E como se nada tivesse ocorrido, o que quer que fosse aquilo parou. Terminou tão rápido como começou. E então estava Derek fitando, desconfiado e um tanto assustado as raízes daquela árvore. Ele observou um pequeno broto se erguer do centro do Nemeton, estendendo-se para fora da casca morta em pleno fulgor jovial. Uma nova árvore renasceu ali.

E foi aí que Derek ouviu, uma mistura de gruído fino, estridente e choro. Um som inconfundível de bebe humano. Era mesmo um choro de bebê, não estava alucinando. O resmungo vinha de trás do troco. Ao rodeá-lo ele viu, uma bola maciça de carne branca e desnuda.

No chão frio e úmido tinha mesmo um bebê. Derek não tardou em retirar a jaqueta de couro e a camisa de flanela abaixo dela. Embrulhando o nenê na mesma e o segurando em seus braços sem jeito. Ele era péssimo com crianças e em segurá-las.

— Ei, de onde você veio? __ Indagou. __ Como veio parar aqui?. __ Perguntou sem obter respostas.

O bebê cessou o choro ao ouvir a voz de Hale. Derek decidiu sair da reserva e retornar a cidade, era inútil continuar ali. Ele passaria na clínica veterinária de Deaton no caminho. Ele esperava só ir embora em paz depois desta breve visita ao Nemeton, mas agora tinha que descobrir como essa criança foi parar ali. Maldito azar esse seu.

*******

Na clínica, Derek bateu na porta e escutou Deaton falar em sua voz abafada:
_ Só um segundo, já irei atender.

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