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III. Vencer a qualquer custo

Enquanto simulava uma partida com seus membros de equipe para o próximo jogo, a cabeça de Jongin não estava assim tão concentrada na bola. Ele vinha pensando em várias coisas ultimamente, talvez em algumas mais específicas e provavelmente portadoras de nome e sobrenome. De qualquer forma, a risadinha vinda da arquibancada pelas meninas que assistiam ao treino de basquete não o ajudava para não se manter disperso.

A cada minuto, ele se pegava desviando o olhar para observar os cartazes e faixas que um grupo de meninas balançava de um lado pro outro. A maioria dos incentivos tinha o seu nome, o que não era uma surpresa, já que era o capitão do time e também era bastante popular entre as mulheres.

— Capitão Kim! Preste atenção na bola, ela que vai estar nas suas mãos durante o jogo, não a cintura das garotas! — O treinador gritou, furioso com a dispersão do garoto, que custou uma tomada de bola.

— Desculpa, treinador...

Os caras riram e ele viu as meninas se encolherem de timidez pelo canto do olho. Normalmente, não prestaria atenção nos gritos que soletravam seu nome, mas os últimos dias tinham sido diferentes e ele sabia o porquê. Todos seus pensamentos se voltavam para a aposta e Jennie Kim.

Não, ele não era tão entusiasmado nem gostava de ficar com tantas pessoa como Joy, mas era tudo pela competição. Kim Jongin era extremamente competitivo e ele sabia que Jennie era assim também. Não importava se tivesse que beijar ou transar com metade de escola, ele só queria vencer Jennie. Tudo era sobre isso.

Desde que declararam a aposta iniciada, os dois se provocavam praticamente todos os dias, listando o que fizeram e com quem. Às vezes, contavam o quanto o beijo tinha sido bom e como repetiriam de bom grado, mesmo que os pontos não fossem contabilizamos. Toda vez que ouvia Jennie falar sobre as puxadas de cabelo e a velocidade dos seus beijos, Jongin sentia uma faísca acender dentro de si mesmo e seus pensamentos gritavam para que ele a superasse o quanto antes.

Nas últimas semanas, ele havia conseguido o marco de ficar com 7 meninas diferentes e acreditava que poderia ter feito melhor se tivesse se esforçado mais. No final, não era tão difícil assim. Ele era bonito, capitão do time de basquete e fazia parte do Royal J. O combo perfeito para ter qualquer uma na sua mão. O problema era que Jennie também era bonita, fazia parte do grêmio estudantil e fazia parte do Royal J. Eles estavam páreo a páreo.

Felizmente, Jennie não havia trazido o tópico "sexo" à tona e Jongin se sentia aliviado de que não se sentiria na obrigação de trocar intimidades com alguém, quando na verdade nem se sentia realmente absorto nos beijos. Enquanto sua língua trabalhava, ele se encontrava teorizando sobre os temas mais aleatórios imagináveis e rapidamente se policiava para concentrar sua mente na garota a sua frente: mão na cintura, apertos, cabelo... uma matemática simples que no final proporcionava uma boa pegada e um beijo de qualidade.

Ele estava com a vantagem de um ponto a frente, porém ainda se sentia ameaçado. Então, em vez de focar no treino, decidiu concentrar a sua atenção para as garotas que chamavam freneticamente o seu nome e pulavam do chão quando ele fazia cesta. Elas cairiam no seu papo fácil fácil.

— Jongin oppa! Você consegue! — Escutou de alguma voz feminina esganiçada.

Assim, Jongin voltou a se concentrar no jogo e conseguiu fazer uma cesta de três pontos assim que colocou seu corpo e mente em quadra. Quando estava distraído, ele jogava regularmente. Porém, quando dava 100% de si, ele tinha absoluta certeza de que era bom naquilo. Afinal, ele não era capitão por qualquer motivo e o treinador também sabia disso.

— Voltou a prestar atenção no jogo, cara... achei que iria passar o dia comendo as meninas com os olhos — seu colega de time, Oh Sehun, riu para ele, ao passo que tentava se esquivar do seu bloqueio.