Capítulo 3

2.2K 309 111
                                    


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Acordei repentinamente, com o coração acelerado e a respiração ofegante. Senti meu corpo suado e a única coisa que pensava era que tudo não passou de um pesadelo, graças a Deus. Levei um tempo para perceber que estava no meu quarto, ainda desorientada devido ao eu vivi enquanto dormia. Olhei para a mesa de cabeceira e o relógio marcava 5h30 da manhã, um horário terrível para se acordar em pleno domingo. Deitei-me novamente na cama, a respiração já voltando ao normal, e senti os meus braços doloridos. Observei melhor e percebi que o imbecil do Gary tinha deixado marcas roxas no meu braço quando me apertou no estacionamento da boate.

Precisaria repensar minha roupa de hoje, usar uma blusa de manga longa que cobrisse as marcas. Eu ia passar o dia na casa dos Donovan, cuidando da Piper, não queria que ela se preocupasse comigo. Ela ficaria furiosa e isso a deixaria agitada, é melhor que tenha um bom descanso para ficar bem logo.

— Já que estou acordada, vou aproveitar melhor o meu dia — falei para dar coragem e me levantar da cama. Coloquei uma roupa de ginástica confortável para andar de bike e me exercitar um pouco. Saí de casa às 6h da manhã, o sol já estava começando a aquecer, mas o clima agradável era irresistível. Fiz o caminho mais longo para pedalar bastante e tentar limpar a mente.

O ritual de acordar cedo e pedalar ou caminhar até o parque e ter um piquenique sozinha tornou-se minha rotina, seja para os dias calmos e relaxantes, seja para os dias estressantes. Eu sempre fui a minha melhor companhia, mas confesso que sentia falta de uma pessoa, de estar em um relacionamento. Acho que essas coisas são normais e acontecem com o tempo. Os sentimentos e os relacionamentos.

Eu gostava de morar no subúrbio. Pedalando agora, pelas ruas da minha cidade, consigo perceber as pessoas abrindo seus negócios, caminhando com a família e amigos, sorrindo. O inverno se aproxima e o outono começa a se despedir, a temperatura já está entre 8 e 13 °C, o que, para mim, é o paraíso. Saí de casa alguns minutos atrás e o meu humor já melhorou bastante, embora ainda sinta aquele aperto no peito e a sensação do ruim do que aconteceu.

Desci da minha bicicleta e caminhei um pouco com ela ao meu lado. Cheguei em uma esquina, o cruzamento da Rua Castle com Lincoln Avenue. Essa era a rua perfeita para o que sempre gostei de fazer quando precisava de adrenalina no corpo, mesmo que, na última vez que eu fiz, tenha sido na universidade. Ambos os casos foram por causa da raiva que uma mesma pessoa me causou, Gary.

O CEO QUE NÃO PODIA SER PAIOnde histórias criam vida. Descubra agora