Capítulo 6

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Planos 

Eduardo -

Cheguei em casa doidão e não faço a mínima ideia de que horas seja, esbarro na mesinha que não sei o que ela está fazendo aqui no meio do caminho ou eu que estou bêbado demais e estou batendo nas coisas? Sei lá só sei que eu preciso chegar no quarto, mas acho que eu não vou conseguir, quer saber vou me jogar aqui mesmo na sala e assim eu faço jogo minha bolsa em qualquer canto e me jogo no sofá branquinho de dona Natália, que se me vir aqui deito aqui vai querer me matar, mas que se dane já estou ferrado mesmo.

Dormi rapidamente, sinto alguém me sacudindo, mas parece que estou sonhando, tomara que seja apenas um sonho mesmo, não quero acordar tão cedo.

- Anda menino, acordada se sua mãe te pegar aqui ela vai te matar; ouço a voz do meu anjo Marli me chamando, essa mulher me protege sempre, eu só tenho a agradecê-la por tudo que ela faz por mim.

- Já vou meu amor; Falo com ela sem abrir meus olhos.

- Meu menino, anda sua mãe já está acordada e já deve estar descendo;

- Eu estou indo; Falo tentando abrir meus olhos que estão muito pesados de sono ainda, eu cheguei bem tarde, agora não sou ninguém.

- Vai pro quarto, eu vou preparar algo pra curar essa ressaca; Marli sempre faz essas coisas, ela sempre faz uma sopinha que me salva de minhas ressacas.

Me levanto cambaleando, acho que ainda estou meio bêbado e subi para meu quarto com um pouco de dificuldade, mas consigo chegar, hoje eu não vou poder bobear, vou direto pro banheiro e coloco chuveiro no frio e tiro minha roupa e me jogo na água gelada, preciso me recuperar o mais rápido possível, mas tarde preciso enfrentar a fera, dona Natália deve estar fula da vida comigo e vai arrancar me coro ou, eu preciso pensar em algo para acalmar minha mãe, preciso bolar um plano para ela sair do meu pé ou isso não vai acabar nunca, eu ainda não sei o que fazer, mas preciso bolar algo o mais rápido possível.

Saí do banho e me arrumei, logo Marli chegou com minha sopinha, e me obrigou a tomar tudo e eu tenho que agradecê-la por sempre me salvar, ela me disse que minha mãe já saiu, que hoje ela tinha algo importante pra fazer e precisou sair mais cedo e que meu pai está na mesa tomando café e claro que eu não vou descer agora, vou esperar um pouquinho e pedi Marli para me avisar quando ele sair, na verdade não quero ver ninguém ou melhor não quero ser chamado atenção agora cedo, então prefiro esperar ele sair, já basta que eu vou ter que aguentar minha mãe mais tarde e ainda não consegui pensar em nada que possa me salvar das mãos de dona Natália.

Assim que minha querida Marli me avisa que meu pai já saiu eu saio do meu quarto e vou para cozinha tomar um café, e para minha surpresa quando eu cheguei a vi ali parada de costa falando algo com Marli, eu fico ali parado a observando de costa e ela é realmente linda e chama bastante atenção, as duas não percebem que estou parado ali e eu fico escutando a conversa das duas.

Maria -

Hoje é dia de passar roupa e lá vou para mais um dia de trabalho, mas hoje o dia está mais difícil, minha mãe passou mal a noite toda e quase não dormi, estou muito cansada e não sei mais o que fazer, ela precisa urgente dessa operação, ou não sei como vai ser, a situação dela está piorando, não sei o que esses médicos estão esperando para fazer logo essa cirurgia em minha mãe, a quimioterapia a tem deixado muito fraquinha e ela tem passado muito mal, na verdade ela fica oscilando, um dia está bem no outro está muito mal, e eu fico sem saber o que fazer, preciso trabalhar, não tenho como ficar o tempo todo com ela, cuidando dela, hoje mesmo foi um dia que para eu sair me doeu demais, minha vontade era de não vir, mas eu não tenho muita escolha, a vizinha ficou lá em casa com ela e me prometeu que qualquer coisa me liga.

MariaOnde histórias criam vida. Descubra agora