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POV PIPER KELLERMAN

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POV PIPER KELLERMAN

Acordei com um barulho estranho de um bip eterno que parecia ser um monitor de frequência cardíaca.

Tentei me levantar mas eu não consegui, meu corpo não queria responder aos meus comandos e eu estava deitada em uma sala espelhada encarando o monitor cheio de fios. Resmunguei irritada, provavelmente eu estava amarrada.

— Ah, você acordou. — Steve apareceu sentado em um banquinho de rodas se aproximando do meu rosto.

Ele usava um pijama cirúrgico verde junto com a touca da mesma cor.

— Que roupa ridícula é essa? Você me amarrou? — Perguntei ainda com a voz meia arrastada.

Minha garganta queimava e foi só então que lembrei... Steve havia me empurrado naquela piscina enquanto olhava eu me afogar como um verdadeiro psicopata.

— Eu não te amarrei. Você está livre para se levantar e sair. — Steve disse e então fez um biquinho. — Só não consegue.

— Do que está falando? — Perguntei e então uma música começou a soar pela sala.

— Meu deus, eu adoro essa música. — Steve disse dando uma risada e girando naquele banquinho animado.

I Want To Break Free do Queens começou a tocar em som ambiente e eu detestava a porra do Queens.

— O que está fazendo? Ei, fala comigo! — Falei tentando me mexer mas sem sucesso, era óbvio que ele tinha me amarrado naquela cama e não queria admitir.

— Você gosta de chutar... Então estou impedindo que faça isso por um tempo. — Steve disse e eu arregalei os olhos. — Pela minha segurança e pela sua.

— Pelo amor de deus! Você vai amputar minha perna? — Perguntei alterando meu tom de voz enquanto minha lágrimas começava a ganhar forma tomando meus olhos. — Você é um doente, seu desgraçado!

— Você me machucou para valer, sabia? E eu não estou falando dos meus sentimentos e sim da marca no meu peito. — Steve disse mas eu não conseguia vê-lo e aquilo era ainda mais assustador.

— Por favor, para com isso. — Falei engolindo meu choro.

— Eu preciso terminar o que eu comecei. — Steve disse e eu fechei os olhos com força. — Sou um homem de palavra ao contrário de você que é uma mentirosa compulsiva.

— Não! — Gritei assim que senti a pressão na minha pele e em seguida o cheiro de carne queimada. Minha carne sendo queimada. Pensar sobre isso me fez querer vomitar e não era apenas por causa do cheiro.

Seja lá o que ele estivesse fazendo eu não conseguia sentir nada, aquele psicopata provavelmente tinha me anestesiado.

— Se você parar de lutar é melhor. — Steve disse mas sua voz estava baixa, eu estava começando a ficar tonta. — Merda, peguei uma artéria.

FRESH | STEVE KEMPOnde histórias criam vida. Descubra agora