Capítulo - 2

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POV: Gavi

Estou na sala do meu apartamento que divido com Pedri, estamos conversando enquanto a comida que pedimos não chega.

- Mano, eu to te falando, ela era absurda de gata, normalmente quem frequenta aquele lugar são as mesmas pessoas, mas eu nunca tinha visto ela antes. - conto da noite passada

- Acho que te drogaram sem você ver e você alucinou - Pedri fala rindo

- Hahaha super engraçado você, já pensou em fazer show de stand up? - falo irônico

- Tá, beleza, já tentou procurar ela sei lá, no insta? - ele pergunta

- Não sei o nome dela - falo envergonhado coçando a nuca

- Transou com a mina e não perguntou o nome
dela?! - pergunta surpreso

- Eu tava-, não sei, coisado, nem lembrei desse detalhe - respondo

- Bacana, muito bacana, agora você nunca mais vai ver essa mulher "absurda de gata" - ele fala fazendo aspas com as mãos me lembrando da minha fala

- AAAAA que ódio - grito colocando a almofada na frente do rosto

- Foi triste maninho - ele fala dando tapinhas nas minhas costas

Meu celular toca e eu vejo que é notificação do delivery que chegou, saio para ir até a portaria buscar.

Quando estava passando no corredor o elevador se abre do nada me assustando, quando eu olho.

- Que? O que que você tá fazendo aqui? - pergunto a olhando confuso

- Eu moro aqui - ela responde simples e aperta o botão do elevador e as portas se fecham

- Oi? Não! espera! - grito e aperto o botão do elevador várias vezes

O elevador se abre mas ela não está mais lá.

- Inferno! - falo puto e volto a seguir para portaria

/

- Em, quantos apartamentos tem nesse condomínio? - pergunto assim que eu volto para o apartamento com a comida

- Sei não, uns 80, porque? - pedri pergunta pegando sua marmita

- Ela mora aqui - respondo

Ele me olha surpreso enquanto se servia.

- Como você sabe? - pergunta confuso

- Vi ela no elevador, ele abriu do nada e ela continuou, acho que parou no andar errado algo assim - explico

- Perguntou o nome dela? - questiona

Aceno que não e ele bufa.

- Se soubesse o nome dela poderia perguntar na portaria o número do apartamento. - Pedri fala

- Eu fiquei em choque beleza? nem conseguia acreditar que tava vendo ela de novo - tento me defender de ter sido burro por não perguntar o nome dela outra vez

- Você bem que podia me ajudar a procurar ela - falo fazendo cara de triste

- A bater na porta de 80 pessoas procurando? sonha! - ele ri

- Tóxico - resmungo

/

POV: Cecília

De manhã voltei da casa da Débora e agora estava voltando para o apartamento do meu pai, acabei errando o andar e o elevador parou no lugar errado.

Do nada o cara com quem eu transei bêbada ontem aparece na porta, entro em desespero e aperto o botão para fechar logo e tentar fugir dessa situação, puta merda.

Ele é gato, nossa noite foi incrível, mas eu espero que eu não precise encontrá-lo nunca mais de tanta vergonha que eu estou sentindo.

Prometi pra mim mesma que não vou beber mais para evitar que eu passe por outro tipo de situação como essa.

- Oii pai, voltei, oi Antonella, oi meninos. - cumprimento todos que estavam na mesa almoçando

Todos cumprimentam de volta

- Pelo visto aproveitou bastante a noite em - meu pai fala notando as marcas

Eu levo a mão no local constrangida

- Desculpa... isso não vai mais acontecer - respondo sem graça

- Relaxa eu já tive sua idade, inclusive foi nessa idade que fiz você - meu pai fala rindo

Antonella ri junto, eu acabo dando uma risada fraca junto

- Não, mas eu passei dos limites ontem, não vai mesmo acontecer de novo... - falo me lembrando da noite passada

Meu pai levanta da mesa e bagunça meu cabelo indo pra cozinha.

- Você conseguiu trazer todas as suas coisas do Brasil? - meu pai pergunta

- Não, não coube tudo nas malas, eu mandei mensagem pra minha mãe pra saber como eu faria pra pegar, mas ela não responde - falo desanimada

- Se ela não responder dá uma olhada no que ficou pra trás e a gente vai comprar depois. - meu pai fala me tranquilizando

- Obrigada pai, te amo - falo e dou um beijo em sua bochecha saindo da cozinha

- Cecília! - ele grita e eu volto correndo

- que foi? - pergunto

- Se ajeita que você vai comigo no treino hoje - me avisa

Eu aceno em concordância e vou em direção ao meu quarto, procuro uma roupa nas malas e deixo separada, depois vou para o banheiro da minha suíte e tomo um banho longo e lavo meu cabelo.

Quando saio me visto com um short jeans, por estar calor e uma camisa do Barcelona com o número e o nome do meu pai.

Coloco alguns acessórios, seco meu cabelo e faço uma maquiagem simples e cubro minhas marcas, calço um air force branco, ajeito minha bolsa com coisas básicas que possa precisar e vou pra sala.

- Vocês não vão? - pergunto pra Antonella

- Hoje não, os meninos tem consulta com pediatra - ela explica

- Tá pronta? - meu pai aparece e eu dou uma voltinha

- Ficou linda com minha camisa - ele fala sorrindo

- Eu fico linda de qualquer jeito - falo brincando jogando o cabelo

- Senhor... vamos logo - ele fala

- Tchau meninos, tchau linda - me despeço deles e saio com meu pai

Teve um pouco de trânsito no caminho mas como tinha música e ar geladinho nem me importei, meu pai se estressou um pouco porque ele se atrasaria e é o capitão.

Quando chegamos o vestiário estava vazio então eles já devem estar no campo, eu e meu pai fomos até lá e

Não pode ser...

Eu devo ter atirado pedra na cruz pra merecer um castigo desse, ele não para de me encarar, to quase procurando um buraco pra eu me enfiar e me enterrar.

- Pessoal essa é minha filha mais velha, Cecília - meu pai me apresenta para os jogadores e eu aceno sorrindo

- Sua filha?! - o cara que eu fiquei pergunta surpreso

- Sim, ela morava com a mãe  e por isso ninguém sabia dela, mas agora veio morar comigo. - meu pai responde me abraçando de lado

Os jogadores acenam me cumprimentando.

- Vamos deixar de papo, filha vá pro banco, meninos vamos começar o treino, já estamos atrasados - meu pai manda e eu vou para onde fica os bancos dos reservas me sentar.

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Golden Boy - GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora