56- O amor Pedresa

189 12 16
                                    

-Está bem, Teresa! Faça o que você bem quiser, se quiser ficar aqui pode ficar! (Pedro afirma).

-É, fico mesmo... (Teresa afirma gaguejando), até porque tudo que eu preciso está aqui! E você, Pedro? Pelo que parece, não consegue passar um dia com sua tia, (Teresa ri).

Teresa afirma subindo as escadas.

-Agora, pelo amor de Deus, me deixe dormir em paz... (Teresa afirma subindo as escadas).

-Teresa Cristina... (Pedro foi interrompido).

Teresa finge não escutar e logo sobe as escadas.

Teresa foi para o quarto e continuou a tirar suas joias.

Pedro havia entrado em um dos escritórios... Algumas horas se passaram, e Pedro já estava cansado. Subiu as escadas indo em direção ao quarto. Logo quando abriu a porta do quarto, viu Teresa em pé de frente à janela...

A chuva ainda estava forte. Teresa estava com raiva e, no fundo, magoada ao perceber que Pedro, querendo ou não, preferia a tia...

O que Teresa pensava estava errado. Pedro não preferia a tia; ele apenas não conseguia mandar a tia embora e queria tentar harmonizar as duas, o que ele sabia que seria impossível, já que as duas se odiavam.

-Eu separei essas roupas para você! (Teresa afirma ainda olhando para a varanda).

-Obrigado! (Pedro afirma e logo entra no lavabo).

Alguns minutos se passaram, e Pedro já estava com roupas limpas. Logo entrou no quarto.

Teresa continuava olhando a chuva cair, e logo Pedro quebrou o silêncio.

-Precisa de tudo isso? (Pedro pergunta).

-Io que lhe faço essa pergunta, precisava sair da quinta sabendo que io estava aqui em Petrópolis?

-Teresa, você sabe o porquê que eu vim! (Pedro afirma).

Teresa se aproxima de Pedro e logo afirma.

-Io já disse, io non irei amanhã para a quinta! (Teresa afirma), espero que, no mínimo, você aceite a minha decisão!

-Está bem! (Pedro afirma).

-Ótimo! (Teresa afirma), até porque io nunca precisei que você me desse ordens, non seria agora que isso iria mudar! (Teresa se aproxima).

-Ah, mas é claro! Você nunca deu direito de me expressar, de dar minhas opiniões! Ou eu concordo, ou você faz sem eu concordar! (Pedro afirma se aproximando).

-Está dizendo que io sou uma dissimulada? (Teresa pergunta) Non, porque se estiver dizendo isso, fique sabendo que io non saí da quinta para vir até aqui!

-Em momento nenhum eu falei que você era ou é uma dissimulada! (Pedro afirma) Falei que... (Pedro esquece o que tinha falado).

-Nem você sabe o que estava falando! Io só digo una coisa, Pedro... (Teresa se aproxima), enquanto sua tia estiver naquela casa, io non volto! (Teresa afirma e, por um simples deslize, olha para os lábios de Pedro).

-Você nem consegue disfarçar que está morrendo de saudades de mim... (Pedro sorri).

-Pelo amor de dios, Pedro, me poupe... (Teresa se afasta).

-Venha cá, minha Napolitana estressada... (Pedro se aproxima de Teresa, puxando-a pela cintura).

-Pode ir se afastando de mim! Io non quero saber de nada. Por que non vai se consolar com sua Tia! (Teresa afirma).

Pedro começa a rir, deixando ela falar.

-Sabe o que io acho também? Que logo quando Dona Madalena chegou virou o centro, o dios, ela é una bela mulher, una pessoa tão importante, "mostrei todas as mudanças feitas para ela" (Teresa imita Pedro). Aliás, por que saiu do colo de sua querida tia e veio para cá? Ouço o choro dela daqui, (Teresa afirma sorrindo falso).

O amor Pedresa...Onde histórias criam vida. Descubra agora