79- O amor Pedresa

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Por alguns dias, Teresa estava inteiramente bem, na medida do possível. Os remédios que Pilar havia lhe passado fizeram muito bem; as tonturas e enjoos não lhe perturbavam tanto quanto antes. Teresa achava que estava pronta para compartilhar isso com o imperador, e sabia melhor do que ninguém o quanto isso lhe faria bem.

Teresa havia acabado de sair de seu banho. Já era noite, então vestiu sua roupa de dormir e logo colocou seu robe. Todos estavam dormindo a essa hora, mas Teresa desceu a escadaria; seu colo ainda estava úmido e frio.

Teresa desceu a escadaria da quinta à espera de Pedro e logo sentou-se em um sofá da sala. Colocou suas pernas sobre uma mesinha posta naquele cômodo e deitou-se confortavelmente.

Alguns minutos se passaram, e Teresa estava tão entretida no livro que não percebeu a presença de Pedro na sala. Ele, ao ver que Teresa estava focada no livro, aproximou-se dela, sem que ela percebesse, e logo lhe deu um susto.

Teresa colocou a mão no coração e sentou-se rapidamente.

— Pedro... (disse ela, assustada).

— Pelo visto, está melhor, já está voltando com o hábito de me esperar chegar. (Pedro afirmou sorrindo).

— Você non perde uma oportunidade. (Teresa respondeu).

— Você não perde por esperar, Teresa. (Pedro afirmou sorrindo e saindo do cômodo).

Logo, Pedro foi à cozinha, pegou duas taças e uma garrafa de vinho, e voltou para a sala.

— Barone Ricasoli Chianti Gran Selezione Colledilà... (Pedro sorriu enquanto abria o vinho).

Teresa sorriu ao vê-lo com aquelas taças.

— Pedro, io non vou beber, da última vez que ousei fazer isso, me arrependi rigorosamente. (Teresa afirmou).

O imperador sorriu colocando o vinho nos dois copos.

— Você não vai negar uma taça de vinho vindo diretamente de Napoli. (Pedro sabia como fazê-la não recusar).

Teresa pensou um pouco antes de segurar a taça, mas não poderia negar tamanha tentação que estava à sua frente.

— Uma taça non me fará mal algum. (Teresa afirmou).

Pedro riu ao lembrar que ela jamais pararia em apenas uma taça.

— Se acontecer a mesma coisa da última vez... (Teresa afirmou, mas foi interrompida).

— Você vai fazer o quê? Diga-me, imperatriz. (Pedro disse, colocando mais vinho na taça).

Teresa sorriu, sabendo que cairia na mesma tentação da última vez, o que não era ruim. Pedro logo se sentou ao lado dela.

— Diga-me, marquesa de Bonfim, o que irá fazer? (Pedro sorriu enquanto tirava sarro do disfarce da esposa).

Teresa revirou os olhos, tentando se levantar.

— Você é ridículo, parece que tem prazer em me estressar. (Teresa afirmou, levantando-se).

Pedro logo a puxou, fazendo-a sentar novamente.

— O que é isso, imperatriz? Eu autorizei sua saída? (Pedro perguntou). Vamos conversar.

Teresa revirou os olhos enquanto bebia mais um gole de vinho, e logo Pedro colocou mais vinho na taça dela.

— Io non vou beber muito, Pedro! (Teresa afirmou). Pode parar com isso.

— Você estressada é tão linda quanto quando está carente de um abraço. (Pedro afirmou).

O amor Pedresa...Onde histórias criam vida. Descubra agora