não se pode quebrar o silencio

capitulo 16

Pela aparência das coisas, a noite era uma noite clara e calma. As galáxias brilhantes acima eram visíveis a olho nu, mesmo sob uma lanterna de rua brilhante. As ruas estavam vazias, as crianças já tinham ido dormir. Algumas das casas tinham luzes acesas por dentro, suas janelas brilhando na noite que escurecia.

Parecia tranquilo, pensou Harry, mas ele sabia que, em segundos, se tornaria um caos. Ele ficou rígido ao lado de Tom, observando o homem com o canto do olho. A altura imponente do Lorde das Trevas foi pronunciada esta noite com seu manto preto com capuz. Mesmo que Harry não fosse hábil em detectar auras, ele podia sentir a magia chocante vindo do homem. "Só me prometa," Harry sussurrou, sua pele formigando com a crescente aura do homem. "Que você não vai machucar as crianças."

A capa com capuz virou-se para ele. Nada foi visto do rosto do homem sob o capuz, exceto pelos lábios aristocráticos que se contraíram para cima.

"Eu posso ser um Lorde das Trevas, Harry, mas machucar crianças nunca foi minha ideia de diversão." Harry murchou com alívio. O homem riu de suas ações, sua varinha ganhando uma carícia entre seus dedos. "Às vezes, fico maravilhado com sua moral, Harry. Como você ainda pode ser tão puro depois de saber de tais crimes contra seus entes queridos?"

Não era realmente uma pergunta que Tom estava fazendo, Harry sabia. O homem estava apenas pensando em voz alta. No entanto, ele respondeu. "Eu quero derrubar o Ministério, Tom. Mas eu não quero torturar. Se eu precisar matar, farei isso da forma mais rápida e indolor possível." A menos, é claro, que houvesse um inimigo que realmente seguisse a determinação de Harry.

Tom riu novamente, estendendo a mão para passar o dedo frio pela bochecha de Harry.

O calor inflamou seu rosto e Harry se virou, incapaz de ficar mais tempo na presença de Tom. Atrás deles, os seguidores de Tom estavam parados, suas expressões não revelando seus pensamentos sobre as ações do Lorde das Trevas e de Harry. Ainda assim, Harry se sentiu desconfortável.

"Varinhas prontas," Tom respirou, levantando sua varinha. Atrás dele, todos os seus bruxos e bruxas levantaram suas varinhas. Alguns dos braços tremiam de excitação e ansiedade.

Harry manteve abaixado, não planejando entrar nas casas para atacar. Houve alguns outros Comensais da Morte que escolheram se separar da matança e da tortura e, em vez disso, decidiram agir como uma defesa. Harry faria o mesmo. Claro, Tom esperava que ele fosse embora se os Inomináveis ​​chegassem.

Quem diabos Tom pensava que era?

"Morsmordre!"

Um clarão verde ácido disparou no céu antes que uma figura verde se tornasse visível. Harry não ficou surpreso ao ver a Marca Negra no céu. A maioria dos seguidores de Tom tinha a Marca Negra, uma caveira e uma serpente.

E então o caos começou.

Harry ficou parado, seu corpo levando alguns golpes de ombro dos seguidores do Lorde das Trevas Voldemort. Felizmente, ele permaneceu de pé, olhando para a Marca Negra. Seus olhos estavam vazios enquanto ele observava a serpente se mover graciosamente para um lado e para o outro. Parecia quase pacífico, observando uma marca tão ameaçadora. Isso foi, até que os gritos de terror começaram.

Harry respirou fundo, tentando bloqueá-lo.

Afinal, foi Harry quem pediu para acompanhar Tom esta noite. Esta foi a sua escolha para estar aqui. Ele entendeu o raciocínio por trás do ataque de Tom. O homem queria vingança do ato ousado do Ministério de matar Rookwood. O homem também queria que o mundo mágico se assustasse ao perceber que havia uma guerra aqui.

E não era como se esse bairro fosse apenas uma comunidade indefesa e inocente. Não, era aqui que a maior parte do Ministério da Justiça estava alojada. E cada um desses membros tinha um leve conhecimento dos acontecimentos dentro dos laboratórios Inomináveis. A tortura de Tom e a tortura e assassinato de seus seguidores não eram nada comparados aos experimentos do Ministério e do Inominável com os inocentes.