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"Ele tentou viver uma vida dupla. Ele mentiu pra você, mentiu pra mim."

Chicago - Michael Jackson

Eram exatas 6:00 horas de 30 de Novembro de 1980 quando Park Jimin entrou pela porta da pequena loja de conveniência próxima a sua casa.

— Finalmente chegou — Jung Hoseok, gerente da loja, disse abrindo a parte do balcão para Jimin pegar o posto.

— Me desculpa, Hyung... — Jimin pegou um dos coletes de uniforme e o vestiu — O trabalho foi longo hoje. Acabei chegando tarde em casa e fui direto pra cama.

— Quem foi o desafortunado dessa vez? — Jung disse enquanto ajudava o loirinho a separar os alimentos vencidos.

— Sr. Lee, um dos patrocinadores da The Black. — assim que o nome foi falado, Jimin levou um tapa no braço.

— Jiminie... — Hobi o reprimiu — Quantas vezes devo dizer para você não se envolver com esse povo?

— Sabe que se eu pudesse escolher meus clientes, eu não pegaria ninguém ligado à máfia.

Park Jimin era um dos maiores golpistas do mundo da máfia. O garoto trabalhava com isso há mais de quatro anos quando se viu em um beco sem saída, sem dinheiro e com uma doença recém descoberta em sua mãe. Desse tempo pra cá Jimin vem sendo capacho de uma pequena gangue de Seul, que sempre paga as despesas e o tratamento de Hina - mãe de Jimin. Seu apelido entre os mafiosos é Black Kitten, por conta da sua aparência meiga, mas quando aparece em sua vida, vem acompanhado de azar.

— Você sabe que eu poderia lhe ajudar com isso, ChimChim...

— Hobi... — Jimin parou por uns minutos de olhar a prateleira de alimentos fazendo Hoseok o olhar — Eu amo você, sei com toda certeza que me ajudaria nisso, mas não posso deixar que você faça isso. Você tem sua loja, não posso te extorquir.

— Ok, ta bom — Jung se deu por vencido — A vibe está muito deprê, daqui a pouco alfas minis chegam aí só pra sentir seu cheiro e você tem que estar no seu posto.

— Hoseok, são crianças! — Jimin ria enquanto seu amigo mexia os ombros para cima e para baixo.

— São adolescentes com fogo no cu que querem você. — Jung levantou pegando o cesto de alimentos vencidos e se direcionou a porta.

— Vai trabalhar! — Hobi gritou enquanto abria a porta da saída — As 18:00 eu volto.

Jimin se levantou do chão ainda rindo e foi para trás do balcão. Já eram 9:20, logo o sinal da escola batia e os alfas e ômegas iriam vir comprar seus lanches. E assim se fez. O barulho da porta indicava que a manada de adolescentes com lobos aflorados chegariam logo ao balcão.

— Nossa... — uma alfa disse — Ele é realmente lindo!

— Ele um dia vai ser meu! — um alfa mais velho disse.

Jimin apenas ria disfarçadamente e esperava os adolescentes acabarem de comprar as coisas. Eles ainda eram crianças, deviam ter no máximo 15 anos, enquanto Jimin já estava na casa dos 20. Eles se aproximaram e compraram o que queriam logo indo embora. Assim foi o dia de Park Jimin, calmo, com muitas conversas saudáveis e um bom descanso à mente.

Entretanto, quando a noite chegou, tudo mudou. As ruas de Seul ficaram perigosas demais. Escuras demais. Eram exatas 19:00 horas quando Park pisou mais uma vez no galpão abandonado que a Gangue tinha tomado posse. Sua roupa era própria para o próximo golpe: Blusa social maior que sua numeração; uma meia calça de couro em conjunto com uma saia rosa; e uma pequena mochila preta básica. Seus cabelos estavam vermelhos flamejantes realçando os olhos verdes.

— Jimin — assim que o garoto adentrou o recinto escutou seu nome ser chamado — Olha se não é meu golpista predileto.

— Sou o único que topa trabalhar para você. — Jimin se jogou em um sofá qualquer esticando as pernas — E por aqui meu nome é Black Kitten.

— Ok, Kitten — o homem levantou da grande mesa e jogou um arquivo de cinco folhas para Jimin — Já sabe o que fazer, seu trabalho com o Sr. Lee acaba hoje. Quero aquele cofre vazio!

— Sim senhor. — Jimin se levantou indo à sala de equipamentos para se preparar.

Pegou uma escuta e a conectou ao ipod. Pegou uma Mini Uzi e a colocou dentro da mochila em um fundo falso. Saiu do lugar em uma Mercedes C200 e foi em direção à estação de trem, onde em uma sala privada o CEO se encontraria. Ao chegar se deparou com vários seguranças em uma revista padrão. "Droga!" Jimin pensou. Parou o carro no estacionamento VIP e passou pelos seguranças como se fosse cego.

— Garoto. — um dos guardas o chamou — Tem que passar pela revista.


Para mim roupa não tem gênero, então o fato de Jimin usar uma saia (acontece só em missões) não faz dele uma mulher. Obrigada :)

Jimin não é nenhum santo, nessa vida ele é bem encapetado.

Love is a Firearm - Jikook (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora