Capítulo 4.

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Fresborgue 1872

Vejo a carruagem percorrer um percurso o qual eu nunca havia visto antes. És muito difícil, eu sair do castelo. Meu pai sempre me adverte, quando tenho uma sequer hipótese.

Como um rei, meu pai tem sido tão péssimo. Creio que um rei, além de liderar seu povo, devera-se cuidar, amar e proteger. Sei que as coisas na capital não estão fáceis. 

Por isso, somos tão odiados.

__ Onde estamos indo? - quebro o silêncio.

__ Estamos indo conhecer seu povo - me olha — Você precisa conhecer os que elegeu sua família. Em meu reino, no nosso reino. Eu tenho meu povo perto de mim. - coloca sua mão, sobre a minha — Sei que será uma boa rainha, para eles.

Dou um sorriso e olho para a janela e vejo que já chegamos.

E de tamanha tristeza o que se passa aqui. É tanta pobreza, tantos olhares triste. Me parte o coração.

Saímos da carruagem, e vejo crianças correndo e os demais povos, vindo até nós. Mantenho a postura de uma realeza, mas acabo me surpreendendo com um singelo abraço. Abaixo minha cabeça, e vejo uma linda menina, de cabelo loiros, é tão pequena a me abraçar.

Os guardas vem para tirar. Mas balanço a cabeça em negação, para q os mesmo, não venham.

__ Oi! - Somente consigo dizer isso. Mas retribuo o seu carinhoso abraço.

__ Princesa, eu sempre sonhei em te ver - ela diz saindo do abraço, com um sorriso tão lindo.

__ Temos que ter fé, minha linda - me abaixo, ouvindo o povo ficar surpreso. — Todos os nosso sonhos, se tornam real, a partir do momento que acreditamos.

Ela é uma criança tão linda. Está suja, com roupas velhas e rasgada. Seu cabelo está totalmente bagunçado, mas mesmo assim, ela transmite um sentimento tão bom, e um sorriso tão singelo.

__ Como você chama?

__ Todos aqui me chamam de Bel — olha pra baixo — Mas eu não sei meu nome mesmo. Eu fico sozinha aqui.

Ela aponta pra rua e eu sinto uma onda de tristeza me dominar. Eu simplesmente a abraço.
Mas é um abraço totalmente diferente.

Sinto que sou tão privilegiada. Rica, dona de um país. Tenho várias e várias roupas. Mas mesmo assim, eu compartilho com ela, a maior dor que existe. Dor de perder quem nós mais amamos.

__ O que acha, de ter um dia de princesa - olho para ela, sorrindo — Vai ter o dia, do seu jeitinho — Ela sorrir.

__ Eu quero — ela pula em mim rindo.

Me levanto e dou a mão a ela. Olho para o meu povo e dou um sorriso. Farei de tudo, para tornar esse povo, um povo melhor e próspero. Eu sei que consigo. Bel entra na carruagem, sentando, totalmente empolgada. Sento-me ao lado de Edward, que me olha, tão atentamente.

__ Que foi? - passo a mão, sobre meu vestido o ajeitando.

__ Então minha princesa, o que faremos hoje, para a nossa pequena princesa? - dou um sorriso já imaginando tudo.

__ De primeiro, o que acha de um bom banho e comprar o mais lindo, dos vestido?

Bel sorrir e bate palma animada. Eu fico tão feliz vendo aquele sorriso que ela dá, é tão incrível.

Chegamos em uma local, onde vende os melhores vestidos, o dos mais lindos. Pego alguns e vou colando na mão de meu noivo Edward. Bel me ajuda a escolher todos.

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