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Samuelle De Luca Lombardi

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Samuelle De Luca Lombardi




— Isso não é possível! Martina está viva? -Arturo fala exasperado.

— Acredite em mim quando digo que achei que ela fosse um espírito. -Tomo um gole do meu uísque apoiando a cabeça no encosto da cadeira.

— Dez anos Samuelle! Juan conseguiu esconder ela por dez anos.

— Vontade de mandar uma bomba para Barcelona não falta.

— O que pretende fazer? Hoje tem reunião do conselho.

— E a família Gutierrez estará lá.

— Acha que ele já sabe?

— Não, estou me comunicando com ele do celular dela. Por questões de segurança ele não tem acesso a localização da Martina.

— Tenho a certeza que Juan tinha homens na cola dela no Brasil.

— E tem, mas no mínimo levará um dia a dois até que ele saiba que algo está errado com sua filha.

— Isso vai dar guerra Samuelle.

— A guerra começou no momento que eles me enganaram.

— O conselho não vai deixar Juan em pune. Se calhar pode deixar a vingança por conta deles?

Desvio o olhar para a janela.

O mundo da máfia é regrado, porém imprevisível. Nem sempre as coisas foram como são agora. Os líderes passados viviam em guerras uns com os outros e permitiam que o poder e dinheiro os dominassem. Porém a minha geração é diferente.

Eu acredito que todos os líderes da máfia estão atrás do mesmo objetivo. Crescer o seu império, e pessoalmente no meu caso cuidar da sua comunidade. E no meio de conflitos e guerras desnecessárias é difícil cumprir essa tarefa e muitos sabem que a Cosa Nostra carrega a fama de provocar conflitos, por isso que quando entrei em poder mudei completamente a perspectiva das pessoas.

Não significa que eu não mate a sangue frio ou cause medo nas pessoas, simplesmente significa que o meu foco não é arrumar brigas e sim fazer dinheiro.

O conselho de antigos líderes e identidades que fizeram da máfia o que é hoje serve como um mediador. Eles desempenham um papel importante em manter as regras no lugar e basicamente impedir que os líderes se matem entre eles. Eles são a única coisa que me impedirão de matar Juan com minhas próprias mãos, mas como Arturo disse tenho a certeza que eles se encarregarão de um castigo merecido.

— Não se preocupe Arturo. Não matarei ninguém... -O tranquilizo. — Ainda!

***

Depois de um dia longo fiz meu caminho para casa e tudo que eu mais queria era um banho e descansar, mas o jantar de hoje ainda me aguardava.

Como de costume o silêncio reina na minha residência enquanto entro. Subo direto para meu quarto e antes de entrar o cheiro doce a frutos vermelhos e lavanda já me embriaga. Isso é novo. La estava Martina, dentro de um robe de seda rosa, com a perna apiada na cama colocando o que parece ser sua loção corporal. Seu cabelo molhado caia para o lado oposto quando ela ergueu o olhar verde para mim e foi difícil controlar o desejo que se espalhou por meu corpo naquele instante.

— Está pronta? -Indago desabotoando a camisa.

— Quase. -Murmura.

— Quero acreditar que não se esqueceu de tudo que aprendeu sobre como estar na máfia.

— Desafortunadamente (Infelizmente). -Resmunga em Espanhol, o que a deixa ainda mais sexy... se é que é possível né.

— Aconteceu alguma coisa? -Provoco.

— Vejamos. Ontem eu vivia um apartamento humilde, fazendo o meu curso dos sonhos e trabalhando, tinha alguns amigos que se preocupavam comigo e mantinha contato com minha família... pero hoy, estou em Itália, debaixo do mesmo teto que um monstro que está me forçando a ser sua esposa e quer me levar para a porra de um jantar para me exibir como um troféu e jogar na cara do meu pai que fará de mim sua fiel submissa! então faça você o julgamento. -Ela revela sem se exaltar.

Seus olhos verdes refletem irritação e acima de tudo frustração. Os lábios vermelhos entre abertos e as feições são de quem quer me enforcar até a morte.

— A culpa não é minha se seu pai lhe deu uma realidade incerta. Uma realidade errada. A sua vida anterior não era e nunca foi parte do plano. -Caminho até si e posso ver ela intercalando o olhar entre meu abdómen e rosto. — Quindi mi dispiace principessa... (então me desculpa princesa). -Me aproximo o suficiente para sentir o cheiro do meu gel de banho emanando dela, juntamente com o cheiro delicioso de seu creme. — Mas a partir de agora terá que se conformar com a sua nova realidade. -Toco seus fios molhados agora cacheados e ela acompanha meu olhar.

— Não sei quem lhe deu o direito de encostar em mim. -Resmunga.

— Me pertence, esqueceu?

Ela fecha a distância entre nós, pela primeira vez me deixando incerto em relação as intenções de uma mulher. Eu podia sentir seu corpo quente junto a mim. Seus seios pequenos em contato com meu peito provocavam cenas quentes na minha cabeça. Por Deus!

— Eu não sou sua Samuelle e acredite em mim quando te digo que nunca serei! -E dito isso a filha da mãe me dá as costas, porém suas palavras abanam meu ego e num ato rápido tomo seu braço em minhas mãos e rodeio seu pescoço, unindo seu corpo a parede.

Sua respiração estava pesada, seus olhos estavam cheios de medo e algo mais que eu não conseguia ler. Seu corpo estava tenso debaixo do meu toque e sua pele arrepiada.
E eu? Eu estava dividido entre a vontade de desfazer o nó desse robe e fodê-la até que ambos estivéssemos sem forças ou simplesmente quebrar seu pescosinho delicado.

— Eu permito que faça suas birras e ouço suas reclamações sem fim, sem me irritar, pois convenhamos que eu também não entregaria minha filha a um homem como eu... -Aviso. — Mas uma coisa que não fará é me provocar bambina!

— Me solta. -Sussurra.

Bebo um pouco mais da imagem de seu lindo rosto e me solto dela, indo até o banheiro logo de seguida. Me livro das minhas roupas e a erecção me faz bufar de frustração.

Meu banho é ligeiramente demorado. Tento pensar em tudo que possa me fazer brochar e permaneço debaixo do chuveiro gelado por longos minutos. Quando sai ela já não estava no quarto. Apenas o doce cheiro a Chanel.

O relógio já marcava 19:03 então me apressei em ficar pronto. Sou conhecido por sempre vestir roupas escuras e hoje não seria diferente. Coloquei meu habitual fato preto, peguei meus pertences e desci. Martina colocava seus brincos diante do espelho enorme na sala e assim que me viu sua boca se abriu de leve e não foi diferente comigo.

Puta que pariu.

Suas pernas torneadas e definidas descansavam sobre um salto alto e a figura magra e perfeitamente desenhada estava agora coberta por um tecido brilhante curto para caralho. O cabelo preto preso em um rabo de cavalo nítido permitindo que seu rosto exótico estivesse exposto.

— Esse vestido é muito curto. -Falei sem muita estabilidade na voz o que a fez rolar os olhos.

— Eu não vou mudar. -Resmungou a pegar sua bolsa e passando por mim em direção a saída.

FODA SE!

...

Capítulo não revisado!

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