No morro

A loira voltou

- Caraca loirão quanto tempo.- fumaça
disse

- Pois é, e você ainda canta?-perguntou a ela sorrindo

- Que nada aquela foi a primeira e última vez.

- Senta aqui irmã. - Menor falou
Eu olhava pra ela e não sabia oque dizer e nem sei se tinha direito de falar nada.

- E ai loira sentimos sua falta.- Fred disse

- Eu também senti muito falta daqui, mas agora voltamos né filhão?

- sim mamãe eu já não aguentava mas de saudades do dindo.

- Olha só isso Luiza eu dei amor pra esse moleque todos os anos e ele me troco por esse projeto de padrinho falsificado. - Menor disse apontando pro Deco

E só agora eu fui me ligar que o menor
chama ele de padrinho faz mo cota.

Agora tô começando a me ligar, as viagens do Deco as ligações. As coisas estranhas que ele falava no telefone tipo." Meu carrinho corre mas" "tu mijou na cama não acredito cuzão" era ele falando com o meu filho esse tempo todo. O filho no qual eu não acreditei ser meu.

- Bora ali comprar um sorvete? - Menor
falou com a minha cria e ele ficou todo
feliz.

- Por onde você andou esses anos todo
loirão?

- Minas

- E esse menozinho aí quem é o pai -0
desgraçado sabia que era minha cria o
menor é minha cara

Ela ficou sem graça mas logo o Deco
respondeu por ela

- É de um cuzão aí que fugiu da
responsabilidade, a loira aqui é mãe e pai do menor.

A mesa ficou toda em silêncio olhe para
loira e ela sorria pro Deco, como se
agradessece ele por dizer aquilo. Eu fui
um fudido com ela mas agora eu sei que o menor é meu filho e eu quero ser próximo dele.

O pessoal ficou trocando um papo lá
e eu não tirava os olhos da loira e do
menozinho até ele começar a cochilar no colo dela.

- Ei eu já vou. - Menor fez ação a se
levantar mas a loira não deixou.

-Ei você fica aí e curte a quanto tempo
você não se diverte?

- Mas..

- Mas nada menor isso é uma ordem-
Ele riu e concordou. Ela deu um beijo na testa dele e se levantou da cadeira logo o Deco é Fred também se levantaram.

- Bora loira que eu quero conhecer melhor meu sobrinho. - Fred pegou o meu menor dos braços dela e saíram rumo ao carro.

Meu coração tava doendo tanto todo
aquele desprezo dela, saber que meu
filho não sabe da minha existência por
minha culpa. Saber que meus amigos me ignoravam.

Fiquei algum tempo lá sentado olhando
pro nada e pensando como a minha vida virou essa merda.

- Tá pensando no que perdeu?

Olhei e era o menor, na mesa não tinha
mas ninguém só nós dois.

- Eu achei que ela me traía.- falei com a
cabeça baixa

- Ela não te traía, você traia ela.- ele
suspirou

- Eu te admirava pra caralho Leandro via você como o pai que eu nunca tive. Mas sabe essa admiração toda morreu quando tu.- apontou o dedo na minha cara

- Deixou a mulher da tua vida te ver
comendo outra, quando ela te disse que
tava grávida de você e você simplismente não deu a ela nem sequer o benefício da dúvida. Vou te falar uma coisa tu não só perdeu um mulherão da porra como perdeu a oportunidade de ver cada passo do teu filho. E sabe quem tava lá com eles? em cada momento era eu e o Deco.- suspirou

- Sabe porque Leandro? - neguei com a
cabeça

- Porque família não abandona família e tu nunca considerou eles tua família.

Cada dura palavra que ele dizia me
destruía mas ainda porque eu sei que tudo aquilo que ele disse era verdade. - Menor se levantou e saiu sem dizer mas nada. Eu comecei a chorar não estava nem aí se meus vapores ou os moradores estavam olhando.

Eu acabei com a minha vida .

Continua...