Capítulo 17 - Toques

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Sasuke não dormia bem daquele jeito há dias.

Mesmo ao lado de Sakura, ele não conseguia pegar num sono profundo e confortável — pensando o tempo todo se o filho acordaria ou não, se sobreviveria aos ferimentos ao não. Ele levava horas para conseguir pegar no sono, e quando finalmente pegava, ele sentia Sakura se remexer em seus braços, indicando que ela estava para acordar, e ele não queria deixá-la sozinha quando estivesse com Satoshi nem por um minuto. A noite passada, havia sido a primeira noite que ele finalmente conseguiu cair no sono facilmente depois de tanto tempo — e dormido sem nem mesmo ter tido um pesadelo.

Apesar deles terem voltado a estaca zero em relação a Organização Kara, Sasuke sabia que não havia muito que ele pudesse fazer. Naruto tinha Amado a sua posse, e agora eles poderiam trabalhar juntos, talvez, para descobrir ainda mais sobre os planos de Jigen.

Mas se Amado continuasse vivo, aquilo também significava que ele não era uma ameaça para Jigen, indicando que ele não lhes traria tantas informações como eles esperavam, pois assim como Amado poderia lhes dar a fórmula do Karma e do Karma mais aprimorado e seus anticorpos contra aquela alteração genética, Code também havia feito seu próprio Karma com as amostras de Amado, e eles não faziam ideia da capacidade daquele Karma que agora estava nas mãos de Jigen.

Era Code que eles precisavam ter capturado vivo, e não Amado — o cientista que pertenceu a Organização Kara era apenas um peixe pequeno.

Novamente, estaca zero.

Sasuke suspirou, pois se preocupar com aquilo no momento, não levaria nada.

Ele precisava focar em seu presente. E seu presente naquele momento, era a mulher de cabelos rosados que estava deitada ao seu lado — de costas para si.

Sasuke notou como os fios rosas desciam por seu ombro esquerdo, mostrando que fazia um tempo que ela não cortava o cabelo. O cabelo, era algo que ele sempre notava quando via a esposa. Sasuke notara que Sakura mantinha sempre o cabelo curto, mas quando ele ficava por mais tempo na vila, ele notava que ela deixava o cabelo crescer. Ele nunca compreendeu essa lógica da esposa, se era algo inconsciente ou não, mas ele não podia negar que ele amava quando seus cabelos estavam curtos, ainda mais quando ela estava de costas para ele.

Como naquele momento.

Mesmo com os fios um pouco longos, por conta de sua posição, o símbolo do clã do Uchiha era visível em sua camiseta vermelha que usava para dormir. Diferente dele que havia dormido ainda com suas vestes — tirando somente sua capa ao entrar em casa —, Sakura usava suas roupas confortáveis de dormir. Uma camiseta e um shorts curto preto.

Ele não sabia quanto tempo passara, mas de repente, aquela observação e desejo de tocar seus fios rosados tornaram-se um ato físico. Sasuke não soube quando começou, mas sua mão direita, e única, massageada o couro cabeludo da esposa pela nuca, pegando mechas e mechas, e então deslizando a mão por elas delicadamente, como se temesse acordá-la.

Sem controlar mais seu corpo, ele havia se aproximado ainda mais da esposa, encaixando sua cabeça em seu ombro esquerdo, onde ela, ainda dormindo, se aconchegara em seu tórax. Numa posição de conchinha, Sasuke pode observar a respiração leve e fluida da esposa, ao observar seus seios se levantando conforme ela inspirava, e indo para trás quando ela expirava.

Tomado por um desejo que nem ele notara que estava incubado por tanto tempo, Sasuke beijou o lóbulo direito da orelha de Sakura, e não conseguindo mais controlar seu corpo a partir de então, desceu sua boca até sua nuca, onde ele continuava a beijar a pele quente e macia da região.

Aquilo fora o suficiente para fazer com que Sakura despertasse. Aos poucos, a médica ninja foi tirada de seu sono, e ela podia sentir seu pescoço ser beijado em uma intensidade tremenda, deixando-a de uma maneira que somente um homem conseguiria deixá-la, e ela sentiu quando uma mão áspera e quente desceu por sua barriga, indo em direção a parte mais inferior de seu umbigo.

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