CAPÍTULO I

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Me sentei no topo de um prédio e abri o saquinho que carregava nas mãos. Dei uma mordida no sanduíche e sorri, apreciando o sabor.

Meu sorriso desapareceu quando escutei a invasão que estava ali para impedir.

Guardei novamente meu lanche e me preparei para entrar no museu. Usei meus poderes de controlar metais e pousei em segurança em frente a entrada dos fundos do museu.

-Sabe que é inútil tentar roubar isso, não sabe?- parei à frente do bandido e cruzei os braços.

-Seo Yook, quanto tempo!- a pessoa se virou.

-Selina Kyle? Voltou a ser a Mulher Gato?- ergui as sobrancelhas.

Ela pensou sobre o que falaria.

-Precisei pagar as contas.- ela deu de ombros.

-Sei.- cruzei os braços. -Quer ir comer um sanduíche?

Ela devolveu o colar que roubava e saímos do museu, mas Selina com certeza pegou outras joias lá.

Subimos novamente no prédio em que eu estava antes, e conversamos por vários minutos até que o bat-sinal apareceu no céu.

Me levantei rapidamente quando o vi. Bruce não estava na cidade, e Jason vivia obcecado em "provar o seu valor" para o bilionário, então com certeza iria atender ao chamado.

Hackeei a linha de comunicação da polícia e consegui uma localização. Corri até o lugar o mais rápido que pude assim que escutei o nome "Coringa", mas cheguei tarde. Todd estava morto, completamente desfigurado e com centenas de cortes e marcas de impacto do pé de cabra que Coringa havia usado para o assassinar. E por falar no Coringa, ele estava simplesmente sentado ao lado do corpo rindo compulsivamente esperando a polícia.

Corri do lugar (antes que me vissem e pensassem que eu tinha algum envolvimento com a morte de Jason) e fui para a Mansão Wayne. Entrei correndo na Batcaverna e liguei para Richard.

Quando pensei que ele não atenderia, escutei sua voz.

-Bruce?- sua voz ecoou pela caverna, assustando alguns morcegos.

Respirei fundo antes de dizer qualquer coisa.

-Richard, sou eu.- engoli em seco e cerrei os punhos com tanta força que senti a unha rasgar superficialmente e pele da minha mão.

-Min?- percebi uma alteração na sua voz.

-Sim.

Respirei fundo. Odeio pausas dramáticas.

-Jason está morto.

Richard não falou mais uma palavra sequer, e desligou seu telefone.

Me sentei na cadeira em frente ao batcomputador e comecei a chorar. Eu deveria ter prestado mais atenção nele, deveria ter sido mais presente. Porra eu devia estar lá mais vezes.

-alguna dias antes, Batcaverna.

-Tá, eu admito. Meu irmão é legal.- Jason apoiou seu queixo na garrafa de cerveja.

-"Irmão"?- sorri.

-Não enche, é que eu tô fazendo terapia.

Rimos e ele focou seu olhar em mim.

-O que aconteceu entre vocês dois?- seu sorriso era sacana, mas também era curioso.

-Por que a insistência nisso?

-Curiosidade.- ele deu de ombros.

-Namoramos por um bom tempo. Éramos uma dupla. Seo e Dick, Llorum e Robin.

𝐓𝐇𝐈𝐒 𝐈𝐒 𝐆𝐎𝐓𝐇𝐀𝐌Onde histórias criam vida. Descubra agora