11- Realidade

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Acordei de madrugada. Eu estava de lado com o braço esticado, Pedro dormia no meu braço, com uma almofada pequena da Grifinória entre sua cabeça e meu braço. Meu outro braço estava na sua cintura com sua mão tão próxima da minha, como se ele tivesse puxado meu braço para si. Abracei ele forte na barriga e dei um beijo no seu rosto. Voltei à dormir.
°°°

Acordei novamente era umas 13hrs, Pedro não estava mais na cama. Procurei o celular e mandei uma mensagem pra ele "Bom dia BROTHER". (13hrs da tarde, bom dia?).

Fui tomar um banho, escovar os dentes.

Sai pra comer algo, minha mãe e meu pai estavam na mesa.

- Tá de férias, mas tá acordando muito tarde. -Disse minha mãe.

Eu dei um beijo nela e no meu pai.

- Vai tomar café ou almoçar logo? -Perguntou meu pai.

- Vou tomar um café preto.- Respondi.
Geralmente não almoço sem tomar café.

Almocei, conversamos um pouco, eu estava muito animado, me mexi na cadeira e senti minha bunda doer. Lembrei da madrugada passada, dos beijos, do sexo. Dessa vez era uma lembrança boa.

Mandei outra mensagem pro Pedro.
"Tá acordado?"

Tinha uma mensagem do Gabriel:
"Cadê o Pedrooooooooooooooo?"

Meu pai me brigou por estar com o celular na mesa.

Bloqueei e deixei na mesa.

Terminei de comer, fui pra sala responder o Gabriel:

"Acordei ainda agora mano, ele já tinha ido."

"Buceta, esse arrombado ainda não veio me buscar, acho que vou de uber". - Disse Gabriel.

Me bateu um pouco de desespero, decidi ir na casa da mãe do Gabriel.

Chequei no meu quarto, ele havia levado as coisas dele.
Fui na casa deles, o carro ainda estava na frente da casa, quando entrei, só a tia tava na cozinha.

- Benção tia, cadê o Pedro? -Disse dando um beijo na cabeça dela.

- Deus te abençoe meu filho, ele arrumou as coisas e foi pro interior. Ele nem disse nada. -Respondeu ela.

Várias coisas se passaram na minha cabeça. De coisas boas, pra ruins.

- Ah, tudo bem. Ele ficou de ir buscar o Gabriel na casa da Amanda. -Respondi.

- Ele deixou a chave aí em cima da mesa. -Disse ela apontado.

- Tudo bem, vou ligar pra ele. -Respondi me despedindo.

- Fala pro Gabriel vir pra casa, meu filho. Dorme fora e não avisa nada. -Gritou ela da cozinha.

- Pode deixar- Finalizei.

No caminho pra casa tentei ligar pro Pedro. Caixa postal. Liguei pro Gabriel:

- Gabi?

- Mano, tô no uber já. -Respondeu ele.

- Tua mãe disse que o Pedro arrumou as coisas e foi pro interior.

- Carai, sério mano? Filho da puta me deixou plantado.-

- Ele não te disse nada?

- Mano ele nem me respondeu. -Disse o Gabriel.

- Beleza, tô em casa já. -Respondi me despedindo.

Deitei na cama, coloquei as duas mãos na testa, me bateu uma onda de desespero, de tristeza.
- Filho de uma puta, me comeu e foi embora. -Pensei comigo mesmo.

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