Wasted time and dream's -soukoku AU

pósfacio

         

            April 28th, 2011 {18:00pm}

 Hoje não irá mostrar o que estão acostumados, não há flores rodeando os arredores e muito menos um sol brilhante e um céu azul sem qualquer nuvem carregada.

 Vocês já sentiram aquela sensação de que nada é real? De que sua vida toda foi uma mentira muito bem detalhada? Mas o que você faria para mudar essa "realidade" inexistente? Você nem sequer sabe o que está acontecendo fora dessa mentira. Isso tudo pode ser apenas um segredo que ninguém possa saber.

Mentiras são feitas para ocultar verdades, estas que podem nos afundar. Existem as ntira que nos beneficiam e as mentiras que nos afundam, talvez a verdade a ser revelada por trás dessa mentira pode nos matar.

Segredos foram feitos para serem guardados, apartir do momento em que eles forem soltos você poderá ver coisas que nunca mais serão desvistas, você poderá se afundar, ficar preso na verdade absoluta, está que, muitas das vezes, não é a melhor opção.

Osamu Dazai, agora com 15 anos,  está para ter mais um bendito sonho macabro, aqueles com qual sonha com coisas que o decepcionam e, o deixam em uma crise existencial sobre quaisquer coisas que acontecem nele. Ele se lembra perfeitamente de como foi seu último sonho que tinha um ar parecido com esse, ele lembra de seu desespero ao ver odasaku morto em seu chão.

Só que agora é diferente. Hoje é o último dia, mas ele não precisa saber disso.

Sua visão não estava turva como dos outros sonhos. O dia estava chuvoso, ele ouvira os pingos de uma forte chuva batendo contra seu telhado de forma brusca e, acompanhado dela, trovões raivosos. O clima estava sombrio, a sensação de que algo muito ruim iria acontecer o dominava. Pela primeira vez o medo o percorreu, o que fez com que seu corpo se arrepiasse por inteiro, causando uma sensação de incapacidade.
 Ele não precisou de muito tempo para entender que aquilo não era um sonho e sim a pura realidade, a dura realidade havia batido em sua porta pela primeira vez e não é possível escapar, pelo menos não hoje.
Ele se via em frente ao um grande espelho, este que conseguia ser até maior do que ele. Seu semblante estava sombrio, com olhos vazios como se estivesse perdido toda a sanidade e deixado seu corpo apenas como uma mera casca vazia, sua expressão em geral estava neutra mas mesmo assim continuava assustadora afinal, não se pode confiar em alguém que não demonstra emoções.

 Seu peito estava repleto  de angústia,  sentia que seu coração iria explodir com aquelas "pontadas" doloridas que se assemelham a facadas. Por reflexo, o moreno leva sua destra ao seu peito em uma tentativa falha de suprimir a dor que sentia.

 Olhou para os lados pela primeira vez nessa noite,  estava em seu quarto, este que se mantinha completamente bagunçado. Haviam ataduras espalhadas pelo cômodo, estas que estavam banhadas de sangue recente, também haviam remédios anti-depressivos  espalhados pela sua cama, o preto de suas paredes se misturavam com o preto de seus móveis fazendo com que fique difícil a compreensão dos tais móveis causando um clima confuso. O quarto estava um caos, digno de alguém como Dazai Osamu.

 Seu quarto refletia seu estado mental, bagunçado, confuso e quase totalmente escuro. A única iluminação do local vinha da janela, está que mostrava um dia chuvoso repleto de nuvens carregadas, a chuva estava densa e parecia que não acabaria nunca.

Dazai voltou a olhar para o espelho, ele já nao se reconhecia mais. 

Olhando melhor para estrutura do espelho ele pode avistar uma foto pendurada em seu canto superior esquerdo,  não havia nada demais nessa foto, apenas colegas de seu orfanato, mas o que mais lhe chamou atenção nessa foto foi a sua própria silhueta. Ele sorria mais do que ninguém naquela foto, seus estavam olhos fechados de forma grotesca e forte o que acabava por marcar algumas marcas de expressão em seus cantos dos olhos. Qualquer um que olhasse aquela foto imaginaria que ele estava extremamente feliz, mas há um detalhe que mostra o fingimento do moreno, suas mãos estão fechadas agressivamente, como se fosse socar alguém, o que deixava veias aparentes. Ninguém consegue fechar suas mãos com tanta força quando está feliz como ele aparenta estar, e isso é o que o denuncia, o que mostra que tudo é falso.
 
Três batidas na porta, alguém está lá fora, este alguém só deveria ser algum louco para sair nessa chuva.  Dazai não se sente a vontade para ir para o primeiro andar e abrir a porta, ele sabe que abrir aquela porta o traria decepções, seus olhos refletidos no espelho demonstravam esse sentimento.