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RICHARLISON
Cheguei em casa com minhas malas, havia voltado a pouco para o Brasil.Ao abrir a porta me deparei com a casa vazia diante de mim.
Mas havia algo de diferente.
O silêncio absurdo me permitia ouvir os meus tênis arrastando no chão.
Atirei as malas para um canto e me virei para pendurar o casaco no cabideiro.
Quando me virei de volta foi quando a vi.
Laura.
Ela saiu da cozinha, bem quietinha, e veio sorrindo na minha direção.
Senti alívio.
- Oi, eu estava te esperando. - Laura disse assim que chegou perto o suficiente.
Ela estava com um pijama curtinho e descalça, aparentemente havia dormido aqui.
Meu peito doeu.
Nem respondi, apenas a puxei para um abraço apertado e cheio de saudade, uma saudade doída.
- Eu senti tanto a sua falta, Laura. - Disse em seu ouvido.
Não era difícil eu a levantar do chão sem ter que me esforçar muito.
Meu braço esquerdo rodeou toda sua cintura, e meu braço direito subia por suas costas até a nuca, eu a apertava contra mim, com medo de que ela evaporasse a qualquer momento.
Seu corpo era quente e macio, e suas pernas se enroscaram em volta de mim.
Me encostei na parede, não pretendia soltar ela tão cedo.
- Eu também senti saudade, muita mesmo. - Ela falou baixinho perto do meu ouvido.
Laura empurrou meus ombros de leve para que seu rosto ficasse frente a frente com o meu.
Meu braço permanecia em sua cintura, mas o outro eu desci até sua coxa para sustentá-la em meu colo.
Eu não ia sair de perto dela, nem fudendo.
Seu cabelo estava com alguns fios fora do lugar, e a boca inchada, parecia que tinha acordado a pouco tempo.
Ela ficou só parada, me olhando bem de pertinho.
Seus olhos estavam brilhantes e ela me olhava com tanta inocência que eu tive que me esforçar para não suspirar.
- Não me olha assim, por favor. - supliquei fechando os olhos.
Eu não podia simplesmente voltar de viagem e atropelar as coisas assim.
- Assim como? - Laura perguntou. O aperto de suas pernas em volta da minha cintura se fortaleceu quando ela soltou seus braços de meus ombros.
Suas mãos seguraram meu rosto, e seus dedos passavam de leve pelo meu maxilar, bochecha e lábios.
Me arrepiei.
Caralho.
- Desse jeito, me faz ter vontade de... - engasguei com as palavras.
Ela sorriu de canto e mordeu a ponta da língua. De alguma forma aquilo piorou a minha situação, percebi que ela sabia exatamente o que estava fazendo.
- ... desgraçada. - Fechei os olhos e joguei a cabeça para trás.
Ela riu, mas não foi uma risada de alguém que achou algo engraçado. Era uma risada de alguém que sabia exatamente o que estava fazendo.

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𝐿 𝑢 𝑐 𝑘 - 𝓡𝓲𝓬𝓱𝓪𝓻𝓵𝓲𝓼𝓸𝓷
عاطفيةLaura não era a pessoa mais sortuda do mundo. Mas ao esbarrar com um estranho muito carismático no aeroporto, isso parece que vai finalmente mudar. ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏...