25 | o que eu tenho de burrice você tem de dinheiro

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— Mas isso é óbvio. E o Jaehyun também que não esteja mentindo na parte dele, ou também sobra para ele.

— Juro para você que se eu não estivesse de olho no Jisung, eu neste momento iria dizer para eles "foda-se vocês, é melhor ela ficar comigo que pelo menos eu sou de jeito".

— E você não está mentindo.

— Ih, deixou na cara que o Jaehyun não é de jeito.

— Ah, mas ele é um filho da puta. Eu já falei várias vezes na cara dele, não se preocupa. E ainda é feiticeiro! Ele claramente lançou algo para cima de mim!

— E claramente resultou. Você ficou completamente cadelinha dele.

— Olha o respeito comigo, eu não sou cadelinha de ninguém.

— Hmhm, confia que é sucesso.

— Você acabou de traduzir uma frase brasileira para coreano?

— Mas eu estou falando chinês.

— Pera. Meu Deus. Ser poliglota burra não é muito recomendado.

— Só por ser poliglota já te mete chique.

— O problema é eu ser burra e nem saber que língua mais estou falando. Mas enfim, essa frase a Anny usa muito. Pelo menos eu acho que ainda usa.

— Não sei. Eu só falei. — Riu fraco. — Tem frases que eu pego e as vezes só falo.

— Isso me acontece tanta vez. Mas nunca que eu confundi idioma.

— É normal. Muitas vezes nós começamos a falar coreano e depois falamos chinês.

— Como agora, está falando coreano.

— Poliglota sofre.

— Poliglota é uma das coisas que mais me orgulho de ser. Só sou burra, mas isso também tive que aprender com alguém durante meu caminho, não é?

— Ei! Me ofendeu! Eu não sou burro! Você que é! Você que confundiu os idiomas!

— Você também é burro e ponto final!

— O que eu tenho de burrice você tem de dinheiro.

— Porque eu não sou rica então? — Chenle olhou-a com um olhar de quem iria matá-la, mas obviamente que não era de verdade. Ou talvez sim. Chenle quase a matou naquele momento de cócegas.

Encontravam-se jogados no sofá depois de um quase assassinato por parte do Zhong, mas ela conseguiu o afastar, jogando-o do sofá, mas ele voltou e se enroscou a ela, como se fosse uma amoeba bem pegajosa.

— Agora vamos para a parte boiola, hm? — Ela fez uma careta quando sentiu o Zhong enfiar seu nariz no pescoço dela, fazendo uma espécie de carinho. — Sou orgulhoso de você. Quem diria que Beatriz Wong conseguiria dar dois tapas em Yuta Nakamoto?

— Ah, para. Ele mereceu os dois. Mesmo que talvez me arrependa desse e lhe peça desculpa depois, pois foi só porque me assustei, não tira o facto de ser um completo babaca.

— Mesmo assim, sou orgulhoso de você. E também, não gosto do Jaehyun, sobretudo depois dele ter admitido, mas se você metê-lo com juízo, vou ter ainda mais orgulho. Nunca te vi tão focada em alguém assim.

— Já disse que ele é um feiticeiro, Chenle. Ele lançou-me um feitiço, com toda a certeza lançou.

— Então ele que me lance um também para eu gostar dele novamente. — Wong riu.

— Você é Chenle e basta. — Se enroscou no corpo grande do Zhong e ficou ali, aproveitando o carinho dado do mais velho, que mesmo sendo raro, era algo precioso e ela se sentia feliz em saber que melhor amigo estava orgulhoso de si.

[...]

Na manhã seguinte, Wong já se encontrava na frente da secretaria com Chenle. Já tinha passado dois minutos do toque de entrada, e ali estava escrito que abria bem na hora das aulas começarem, então Wong não tinha que esperar pelo horário do intervalo, já que queria resolver isto rapidamente antes que mais algo acontecesse.

Ao ver a empregada chegar, Chenle se despediu e foi para a sala, avisando a professora sobre o ocorrido. Wong apenas se dirigiu até à porta da diretoria e perguntou se podia entrar, contando o motivo do porque estar ali. Queria falar com a diretoria sobre um aluno, esse que achou logo ser Wooseok, mas mão. Wong estava ali por causa de Yuta Nakamoto.

O nome era bem conhecido ali, e a empregada já temia que algo estava acontecendo então logo chamou os superiores, chamando Wong depois de uns poucos minutos, levando-a até uma sala específica.

— Pode falar, menina Wong. — Ela se sentou, encarando o diretor.

— Eu preciso saber de algo deveras importante. Aconteceu uma briga recentemente, e temo estar a lidar com alguém com uma doença ou transtorno, ou não. Queria saber, pois se for verdade, eu devo-lhe um grande pedido de desculpas por não ter acreditado de primeira, mas de tantas mentiras que já ouvi da boca de ambos os irmãos, eu já não sei em quem devo acreditar.

— O menino Nakamoto e o menino Jung passam bastante tempo aqui e mesmo esta semana estive com eles, mas não esperava a ver aqui por causa deles.

— Jaehyun não está envolvido. Quer dizer, num assunto ele está, esse que lhe deu a detenção, mas não quero falar sobre isso agora, embora possa aproveitar e falar sobre no final, se me permitir.

— Depende do que for. Mas então, é sobre o Nakamoto.

— Sim. Eu gostaria de saber se Yuta Nakamoto tem alguma doença ou mesmo algum transtorno, e que devido a isso precise ser medicado. — O diretor franziu o cenho.

— Conheço todos meus alunos, sobretudo os irmãos, já que passam muito tempo aqui como citado, mas nunca me foi informado que o Nakamoto possuía algo de doença ou transtorno.

— Então é mentira?

— Essas informações são confidenciais e não podem ser espalhadas por aí, mas já que se preocupa tanto com o Nakamoto e teme ter errado, poderei lhe dizer que apenas sei que ele tem ansiedade. É algo que ele está sendo bem visto a pedido da família, já que seus ataques de ansiedade estão cada vez mais frequentes. — Wong arregalou os olhos. Yuta tinha lhe mentido, porém, ele sofre.

Porque ele não lhe contou que sofria de ansiedade? Tudo bem, compreende-se que talvez seja difícil, mas se ele recorreu a uma mentira, porque não contar logo a verdade?

E... Jaehyun sabe que ele sofre de ansiedade?

Rumors of a sextape | jung jaehyunOnde histórias criam vida. Descubra agora