Capítulo 7

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Dezenove anos de idade

Giana

Meu corpo cai na grama enquanto continuo gargalhando sem parar, não conseguindo conter as minhas lágrimas que saem. Estella continua saltitando pela grama enquanto dança as músicas e gargalha.

Riven, David e Michael estão bebendo na sala de jogos de meu irmão essa noite e furtivamente roubei uma duas garrafas do seu bar sem que ele percebesse. Não tinha como ele notar, ele contém bebidas demais lá desde que papai e mamãe o deixaram beber.

Eu me sento na grama ajeitando meu vestido que está sujo com algumas folhas e me levanto logo em seguida, dançando junto de Estella que cantarola sem parar ao que um dia foi uma canção. Sua fala está embolada como a minha e ainda bem que ninguém está nos filmando agora, porque se não estaríamos pagando o maior mico.

Ela corre em círculo pela grama e a observo como se fosse uma demonstração de mágica, a imitando logo em seguida.

- Eu sou uma faaaaaada! - Estella grita, tropeçando em seus próprios pés e gargalhando.

Eu desço o líquido quente pela minha garganta, que agora já não arde mais devido à tantas goladas que dei e continuo dançando junto dela. Mamãe provavelmente brigaria comigo, ou não, ela costuma ser bem fora do juízo, ela e papai estão fora em uma viagem romântica de casal, então aproveitei para ter o meu primeiro porre de verdade.

Passo minha mão pelo canto da minha boca, onde a bebida escorreu e molhou minha blusa e praguejo, vendo o tecido se tornar transparente e mostrar meus seios que ficam rígidos pelo sutiã.

- Uau, seus seios são.. - Estella encara meus seios e ri - Lindos.

- Obrigada.. eu acho.. - digo sorrindo também - Eu vou lá em cima me trocar, me espere aqui.

Ela acena com a cabeça e continua dançando pela grama, sorrindo sozinha. Meus passos se tornam apressados enquanto eu corro pelos corredores, com medo de que algum dos meninos possam me ver assim e só descanso quando estou finalmente em meu quarto, batendo a porta atrás de mim.

Eu solto uma grande lufada de ar, aliviada. Para depois todo o ar dos meus pulmões fugirem de mim, as palpitações do meu coração estão batendo completamente fora do ritmo enquanto encaro David sentado na minha cama com suas pernas esticadas e cruzadas, em suas mãos, há um livro sobre a mente humana. A luz da lua que passa pelas janelas toca metade do seu rosto e seu cabelo está meio caído para frente.

Meus pés se cravam no chão com as memórias, ele está exatamente como me esperava antigamente ou quando me observava dormir.

- O que você está fazendo aqui? - pergunto, e só então percebo o quão estou ofegante.

- Eu não sei - David continua com seus olhos em seu livro e suspira - Buscando conforto, eu diria.

- Busque com a mulher da semana passada na qual você contou ao Riven - digo com desdém, caminhando até o outro lado do quarto para me manter longe dele.

- Você continua ciumenta, pelo visto.

- E você não? - aperto meus olhos e um sorriso de canto surge em meus lábios - Acha que não fiquei sabendo do cara que você socou e que por coincidência é o mesmo que estava me convidando para sair semana atrás?

ele congela.

- Achei que você não fosse homem de partir para a violência.. - continuo.

Seus olhos encontram os meus e prendo o ar, perdendo-me na imensidão dos seus olhos verdes floresta que sempre me puxam para ele. David estava cada vez mais bonito, seu maxilar definido perfeitamente estava travado, as mãos cheias de anéis prateados nos quais ele não tirava mais davam um toque para suas mãos grandes e cheias de veias grossas, assim como seus braços e antebraços.

HERDEIROS #4 - Esse cavalheiro é MEU Onde histórias criam vida. Descubra agora