Capítulo 43 - Bônus

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Riven

Um relâmpago corta o céu escuro, seguido de trovões altos e admiro o céu. Sempre gostei de tempestades, o vento frio, a chuva forte limpando a sujeira que cada canto maldito que essa cidade carregava era a melhor parte nisso.

Eu coloco as minhas luvas de couro e brinco com o isqueiro na minha mão, acendendo e assistindo a pequena chama que balançava com o vento. Me ajeito pela milésima vez em minha moto, suspirando de forma impaciente e esticando meus dedos agora aquecidos pelas luvas, tentando passar o tempo.

A figura masculina e alta do homem surge após ele sair da sua empresa e eu quase levanto as mãos para o céu, agradecendo. Mais um fodido minuto e eu iria até lá arrancá-lo da sua sala para o nosso acertos de conta.

Ele caminha até mim segurando sua maleta, devido ao seu carro estar estacionado ao lado da minha moto e o olho. Suas sobrancelhas se apertam em confusão, os passos começam a diminuir e esboço um sorriso torto, mesmo sabendo que ele não é capaz de ver por conta do capacete.

— Quem é você? – Artur Neville, o maldito filho da puta indaga e retiro meu capacete, ainda sorrindo para ele e descendo da moto. Ele se encolhe, não é necessário que eu diga meu nome porque ele me conhece muito bem — O’Connell – murmura em um fio de voz.

Guardo meu capacete, sem nenhuma pressa.

— Eu não quero arrumar uma briga, cara – diz, e eu torço meus lábios antes de rir de novo, levantando minhas mãos em rendição.

— Eu não vim para brigar, apenas quero conversar com você.

— Cara, se for sobre a sua irmã, eu juro que não tenho nada haver com isso.

— É mesmo? – estico meus lábios em uma linha reta, massageando meu queixo com meu dedão e cruzo meus braços — Estranho você dizer isso quando o paparazzi no qual você pagou para tirar aquela porra de foto e pegar a minha irmã vulnerável confessou tudo.

Sua postura vacila, ele abre e fecha a boca várias vezes e dou mais um passo. Eu sou bem mais alto que ele, então era fácil deixá-lo com ainda mais medo, a minha fodida reputação ajuda nisso, por mais que eu não gostasse mais dela.

— Você achou divertido? – deixo que o timbre da minha voz caia para um tom mais baixo e ameaçador — Achou divertido ver todo mundo atacando ela e transformando você em vítima?

Sua postura está tensa, as pernas tremem e seus olhos olham envolta, com medo. Bom, isso é bom. Ele tenta correr de mim e o assisto por alguns segundos, às vezes é divertido, em outras, se torna tediante.

Eu o alçando em três passos longos, agarrando seu colarinho e pressionando seu peito no carro próximo.

— Cara, por favor. Eu precisava fazer isso, você não entende..

— Eu não entendo o quê, porra!? – pergunto, suas pernas tremem muito e o fedor de mijo me faz enrugar o nariz.

— Foi pelo bem da minha empresa, estávamos caindo, cara.

— Então você está me dizendo que você fodeu com a imagem da minha irmã, deixando a carreira dela manchada pelo bem da sua empresa? Não estou entendendo.

Eu torço seu braço direito depois de analisar algumas fotos e saber que é o braço mais usado por ele e ele geme de dor.

— Você disse que não iria ter briga, cara.

— E não vai. Uma briga é quando duas pessoas conseguem atingir um ao outro, não é o seu caso, não é uma briga quando só uma pessoa bate.

Agarro sua cabeça com uma das minhas mãos, a tacando no vidro do carro e ele grita, que se foda de quem seja esse maldito carro. Eu jogo seu corpo mole no chão e quase sinto pena, se não fosse pela lembrança do olhar de Giana tão quebrado por causa dele.

Eu o suspendo no ar como se fosse um saco de bosta, seu rosto está sangrando e o nariz quebrado.

— Sabe, é mais divertido quando os caras ao menos tentam se defender – digo, dando um soco em seu estômago e vendo-o cair de joelhos na minha frente — Mas homens como você só são grandes com mulheres, não é? – ele olha para mim com um olhar suplicante, o que é uma péssima ideia, porque isso me irrita.

Eu odeio súplicas, elas sempre vem de pessoas que não merecem elas.

Meu punho acerta seu rosto em um ângulo perfeito, seu sangue escorre da sua boca, pingando no chão e sujando minha luva. Eu dou outro soco, ouvindo-o engasgar em seu próprio sangue e agarro seu colarinho, dando o último soco.

Ele cospe o sangue, ofegante e incapaz de falar algo, mas ainda consciente para ouvir minhas próximas palavras.

— Amanhã você voltará na empresa dela e pedirá desculpas para a mesma, em seguida, se desculpará e irá desmentir sua mentira na internet para que todos saibam o filho da puta que você é. E eu quero que você termine com a sua esposa, ouviu bem? Ela merece mais do que essa porra que você é.

Ele balbucia algumas palavras, me olhando com medo e lágrimas em seus olhos.

— Não pense em tentar me passar a perna, eu costumo agir ainda pior quando fazem isso comigo. E eu vou saber se você deixar de fazer qualquer uma dessas coisas, você me ouviu?

Ameaço dar outro soco em seu rosto, ele chora e balança a cabeça em afirmativa várias vezes, como um cachorro com o rabo entre as pernas.

— Tudo Bem! Eu faço, cara. Eu vou fazer tudo que você me pediu, só me deixe ir.

— E outra coisa, ninguém pode saber que foi eu quem mandei, ninguém porra! – grito.

— Sim! Sim! Tá bom!

Deixo seu corpo cair no chão e caminho até a minha moto colocando meu capacete, ouvindo seus gemidos de dor e a monto, ligando a mesma e saindo dali.

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Boa leitura! ❤

HERDEIROS #4 - Esse cavalheiro é MEU Onde histórias criam vida. Descubra agora