Guerra em tempo de paz (MadaTobi)

Capítulo 38

Observar Madara se dirigir ao conselho foi um exercício de paciência. Não porque não acreditasse no que o marido dizia ou mesmo porque achasse difícil ouvir, mas sim porque a confiança que praticamente escorria dele era muito atraente e Tobirama não queria nada mais do que que aquela maldita reunião terminasse. Ele tinha um marido para violar em qualquer quarto vazio que se apresentasse primeiro para sua conveniência.

A Police Force Initiative realmente era o lugar certo para ele aqui, um trabalho onde sua paixão pelas pessoas sob seus cuidados brilhava de tal forma que ninguém poderia negar que ele acreditava nesta vila. Nunca Tobirama amou seu marido mais do que quando se sentou e o observou defender um orçamento maior apenas para que ele pudesse servir melhor, proteger melhor, prover para os homens e mulheres que estariam sob seu comando para que ele pudesse dar-lhes as ferramentas de que precisavam. para servir os cidadãos sob sua proteção. Era como vê-lo se encaixar e florescer bem diante de seus olhos. Tobirama estava cativado.

E feliz. Pode ter demorado mais ou menos um ano, mas finalmente tudo estava voltando a ser como deveria ser - para todos eles. Até Izuna parecia mais relaxado do que nunca, onde ele se sentou mais longe na mesa. O próprio Tobirama foi quem sugeriu que ele participasse das reuniões do conselho como chefe da ANBU e, portanto, o cerne de todas as informações que fluíam para a aldeia. Ele deixou seu cunhado pensar que era ideia de Tajima, porém, feliz em confiar no ego do homem e na propensão de reivindicar que toda boa ideia era dele. Pelo menos neste caso serviu para proteger o ego de outra pessoa pela primeira vez.

"Um lindo discurso," um dos chefes de clãs menores falou enquanto Madara se acalmava. "Mas você tem a documentação para justificar essa proposta de orçamento?"

"Eu tenho. Se você apenas abrisse o dossiê que eu entreguei, você veria isso. Não querendo se curvar, Madara encarou o outro homem até que ele não teve escolha a não ser ceder e abrir o pacote que realmente havia sido dado assim que o assunto foi abordado. Bem ali na primeira página havia um sumário. E uma lista proeminente nessa tabela seria uma evidência para apoiar por que Madara precisava do dinheiro e de onde ele o obteria.

Tobirama não se preocupou em esconder a expressão de orgulho que sentia em seu próprio rosto, aliviado pela dor de cabeça que vinha crescendo lentamente em suas têmporas durante a última hora. Ele não precisou oferecer muitas mudanças depois que Madara pediu para ele dar uma olhada no pacote. O trabalho era bom e era tudo mérito do marido.

"Agora, se o conselho for bom o suficiente para me conceder um pouco mais, eu já falei com o chefe da segurança da vila e Touka-san concordou com um programa de treinamento conjunto que eu gostaria de detalhar para vocês agora. "

"Qual é o sentido de treinar vocês dois juntos?" Uma leve zombaria veio do herdeiro Hyuga. "Não seria mais caro?"

"Na verdade, mais barato, já que não precisaríamos fornecer duas instalações de treinamento dedicadas." Madara ergueu a sobrancelha, mas não era uma expressão defensiva, apenas um julgamento.

O jovem Hyuga cruzou os braços. "Já temos muitos campos de treinamento."

"Se meus oficiais e as equipes de segurança trabalharem juntos, teremos uma melhor compreensão das rotas de patrulha uns dos outros, melhores tempos de resposta, protocolo mais rígido para quem tem jurisdição sobre o quê e também, vá se foder." Várias pessoas na sala cobriram suas bocas, seja para engasgar ou rir, mas Madara apenas soprou um pouco da franja de seu rosto. Claramente ele estava chegando ao fim de seu pavio já curto.

Butsuma levantou-se com a clara intenção de trazê-lo à ordem, mas foi interrompido antes que uma única palavra tivesse tempo de sair de seus lábios quando a porta se abriu para admitir três homens, dois deles ofegantes e de olhos arregalados.