Deja vi

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Emilie tomou um banho e se deitou na cama com tamanha dor na cabeça. Ela apagou a luz e ficou fazendo algumas massagens em vão, até que ouviu três batidas na porta.

— Pode entrar.

— Licença.—Emma falou entrando.— Queria falar com você.

— Pode entrar Emma.

— Eu queria saber como você está, eu sei de todo seu tratamento pela Ruby, já receitei várias vezes canabidiol pra você pra dor. Você chegou a operar?

— Não. Eu desisti, nenhum médico me dava bons números para operar.

— Se quiser podemos refazer os exames e eu dou minha opinião.

— Emma eu duvido que seu diagnóstico seja melhor.— Ela alcançou o celular e abriu umas fotos e entregou para Emma.—As chances de ficar cega, ou virar uma cenoura são muito grandes. Prefiro viver com qualidade enquanto der.

— Eu te entendo, mas não quero que minha mãe sofra.

—Nos não temos nada Emma.

— Cora morreu de câncer. E ela não pode fazer nada.

—Emma eu espero que você...

— Não vou falar pra ela, estou aqui como médica e não como filha da mulher que você está conhecendo. Eu sei que a decisão de contar é só sua. Mas me deixa fazer seus exames e dar minha opinião.

— Emma nada nem ninguém vai me fazer operar para ficar em estado vegetativo até as pessoas terem dó o suficiente para desligar os aparelhos.

— Elly.- Emma falou.

— Ruby te contou do apelido.

— Sim. E eu estou aqui por causa dela também. Eu sou boa no que faço, muito boa mesmo. E eu só recomendo uma cirurgia se eu tenho certeza do que vai acontecer. E se eu tiver 1% de chance de sucesso eu vou operar porque sei que eu nasci pra isso. Não nasci pra perder pessoas e sim para salvar pessoas. Então me deixa tentar.

—Emma, prometo que assim que voltarmos remarco meus exames com você, mais é só isso que eu posso prometer.

— Já está ótimo pra mim. Você está com muita dor ?

—A morfina e o cananidiol não fazem mais efeito. Aí parei porque eu estava viciando neles.

—Quer que faça alguma coisa ?

— Não, logo diminui.— Emma se levantou e saiu do quarto, ela não queria que sua mãe tivesse as mesmas experiências do passado, queria tentar ajudar, mais ela sabia que o câncer de Emilie era sério.

Mary ficou um tempo encarando o celular, até que mandou uma mensagem pra Emilie para ver se ela estava acordada.

— "Tudo bem ?"

— " Sim, só um pouco de dor de cabeça."— Ela até que não demorou muito para responder.

—" Posso ir até seu quarto ?"—Mary perguntou sem nem saber o que ela ia fazer.

— " Estou com uma crise de enxaqueca, não sei se sou boa comapinha agora."

— " Posso tentar ajudar se quiser?"

—" Vem"—O coração de Mary disparou, ela se leva tou e foi até o quarto no andar de baixo, olhando pra ver se alguém estava por ali. Ela bateu na porta antes de entrar, e entrou sem acender a luz.

— Oi.

— Pode acender a luz.

— Não precisa, estou vendo você.—Mary falou  baixo, quase sussurrando, Subiu na cama e se deitou do lado dela.—Qual lado está doendo?

Quebrando Regras - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora