Talvez

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O dia logo amanheceu, e Emma como sempre levantou antes do dia amanhecer, deixou o café da manhã pronto e saiu pro hospital, assim que chegou Ruby foi logo até amiga.

—Anda quero saber de tudo.

—Foi bom.

—Bom Emma? Bom... anda quero detalhes.

— Transamos no meio do mato, fui totalmente ativa,  e adorei beijar ela,  tocar ela.  O problema é que sempre me pego falando coisa pessoais, e vou acabar me apaixonando por ela, principalmente se eu ficar vendo ela frequentemente.  E pra ajudar ofereci ajuda pra irmã dela que tentou suicídio.

— É, você realmente não está sabendo deixar isso só no casual.

— Eu sei, mais estou tentando. O problema é que quando sou seca com ela eu me sinto culpada e peço desculpas. Então não sei.

— E a irmã dela?

— O que que tem ?

— É tão bonita quanto ela ?— Emma deu risada e seu celular vibrou e ela logo o pegou e respondeu o oi que recebeu. A pessoa prontamente se apresentou como Zelena Mills e ela salvou o contato e a foto dela logo apareceu.

— Olha sua pergunta sendo respondida.— Emma entrou na foto de Zelena e mostrou pra Ruby.

— Adoro ruivas.

— Tira o cavalo da chuva. Ela é hetero, perdeu o marido a pouco tempo. Carta fora do baralho pra senhorita.

— Hum.— Ruby ia continuar mais uma enfermeira veio chamar ela pois um paciente dela estava tendo complicações. Emma voltou sua atenção para o celular e perguntou a ruiva se podia ligar pra ela, e a ruiva apenas concordou.

— Bom dia.— Zelena logo falou

— Bom dia, me chamo Emma.

— Prazer Emma. Então eu nem sei por onde começar.

— Porque não vem ao hospital, atendo você em uma consulta e podemos começar por ai.

— Pode ser. Que horas mais ou menos seria isso?— Emma notou algo na voz da ruiva.

— Você não parece muito avontade. Pode ser sincera comigo, quero te ajudar  e não criar um novo problema.

— Não estou.— Zelena deu uma risada sem graça.— Eu quero fazer isso, mais queria ir com calma.

— Vamos fazer assim então, vamos conversar, e quando você se sentir a vontade marcamos a consulta.

— Pode ser.— Zelena respirou aliviada.— É difícil admitir certas coisas.

— Eu sei. Sei que é ruim admitir que não temos vontade de viver.  E é horrível não conseguir tirar essa vontade da nossa cabeça. E eu sei que sempre que você está sozinha, tentando relaxar,  do nada isso vem na cabeça quase como uma sugestão.

— É exatamente assim.— Emma terminou de se arrumar e foi para sua sala, hoje ela ficaria apenas na clínica, em supervisonando consultas dos novos residentes.— Quando eu vejo eu estou pensando em qual quantidade de remédio é necessária para morrer. Ou quao alto precisa ser uma ponte pra pular. Não me orgulho desses pensamentos.

— Você não tem que se envergonhar, tenho certeza que passou por um grande trauma para chegar a esse extremo.

— Perdi meu marido recentemente. E eu não estava preparada pra isso.

— Acho que ninguém está preparado para perder alguém que ama e que escolheu dividir a vida.

— Sim, por mais que todos os médicos avisassem a anos que essa hora ia chegar, quando aconteceu eu fiquei sem chão. E acho que se eu não tivesse minha irmã eu nem ia querer me tratar sabe.

Quebrando Regras - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora