Na casa de Charles Moore, o segundo filho de George, a família se preparava para ir ao encontro familiar que finalmente havia chegado e quem estava mais animada com isso era sua filha de 7 anos, Daisy. Ela arrumava a mala e depois tirava tudo e arrumava novamente enquanto cantarolava, sua mãe entra no quarto e observa sua filha andar para um lado e outro com suas roupas nas mãos.
– Daisy. – chama sua atenção – Preciso conversar com você antes de irmos.
Sua filha para e senta com sua mãe na cama.
– Lembra sobre o garoto que cuidou de você no seu primeiro encontro?
– Não lembro, mas sei dele pois a senhora falou muitas vezes sobre isso para mim.
– Verdade, é...então filha, eu não quero que tente se aproximar dele.
– Mas por quê?
– Já faz 5 anos, ele não é o mesmo daquela época, sua tia Lucy me contou algumas coisas erradas que ele faz, então não fique perto dele, ouviu?
– Que coisas erradas? Ele não fazia balé?
– Você não tem idade pra saber, apenas me obedeça, por favor...e ele parou de fazer balé, porque o pai dele não aceitou isso.
– Então o vovô vai brigar comigo se eu contar que faço balé?
– Não, minha filha, você é uma garota, pode fazer sim.
– Um garoto não pode? Por quê?
– Porque não é normal e ponto. – olhou séria para filha tentando encerrar o assunto – Mesmo ele sendo seu tio, não vou pedir que o cumprimente, nem nada.
Daisy parecia pensativa sobre o que acabou de ouvir, mas assenti.
– Já arrumou suas malas? Precisamos ir. – Charles adentra no quarto, sua filha abre um grande sorriso e corre para fora, animada novamente.
Depois de uma viagem cansativa e demorada, principalmente para a garotinha, finalmente chegam ao seu destino, os portões são abertos por um empregado. Daisy fica de boca aberta ao ver o lugar por fora, à vista é revigorante para quem admira a natureza, de longe via que tinha uma pessoa esperando na varanda, a menina reconheceu seu avô pelas fotos que sua mãe havia mostrado, correu para ele que estava abaixado com os braços abertos, a pegou e levantou, girando-a no ar.
– Minha netinha querida, fico feliz que tenha vindo.
– É um prazer revê-lo papai. – Charles fala se aproximando com sua mulher e as malas.
– Bem vindo de volta, aproveitem a estadia filho e minha nora – diz os cumprimentando, depois levam a bagagem para dentro. Daisy olhava para todo o lado e nota um jardim, desceu dos braços de seu avô e foi até lá, com seu nariz pôde sentir vários cheiros doces ali, a variedade de cores a deixaram encantada, desejou morar ali para sempre.
– São lindas mesmo, não são? – alguém pergunta e Daisy acaba se assustando, logo nota um homem alto ao seu lado, sua pele é escura.
– Sim, muito! Posso pegar elas? – encara o homem grande, ele se agacha perto dela.
– Quer quais delas? Posso tirar para você. – diz com um sorriso amigável, ela o fita sem nem piscar direito, então leva suas mãos ao rosto dele e toca em suas bochechas.
– Eu quero todas!! – responde empolgada enquanto acaricia aquele rosto que sorri mais ainda ao ouvir ela.
– Não posso dar todas, quer estragar meu trabalho? – pergunta rindo.
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Only love can hurt like this
RomanceA família Moore tinha suas peculiaridades, em seus encontros a cada 5 anos e outras regras criadas, mas sempre tem alguém que as quebra e com isso, vai surgindo um romance proibido.