O reencontro

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  Um ano e meio depois do último encontro da família Moore... Era dezembro e Daisy passeava pela França com algumas colegas da Bolshoi, estavam de férias, havia nevado a noite toda, e esta manhã podiam ver as ruas brancas, cobertas pela neve. De repente Yelena atravessa a rua apressadamente, apontando para um cartaz em um prédio.

– Vejam! Na próxima semana haverá uma exposição das obras de Nick Belart ! – Fala com empolgação na voz, olhando as outras duas se aproximarem dela sem a metade de sua animação.

– Mas vamos embora daqui a 4 dias, não poderemos ver. – Beth fala, tirando o sorriso de Yelena.

– Eu queria tanto conhecer ele pessoalmente, será tão bonito quanto nos jornais?

– Tem interesse nas obras dele também? – Elizabeth zomba e dá uma olhada para Daisy, que olhava fixamente para o cartaz sem expressão.

– As obras dele são fantásticas. – Fala sem nem piscar.

– Concordo...queria poder vê-lo. – Yelena perde a animação.

– Queria ver meus pais. – Daisy suspira, sua respiração faz fumaça com o frio.

– Imagino que queira, mas existem aquelas regras da sua família que proíbe isso. – Beth fala a abraçando de lado. – Sinto muito.

– Eu também! – Yelena a abraça também.

Neste momento começa a chuviscar e as três se separam.

– Precisamos ir, antes que aumente. – E assim elas seguem o caminho...

Nesse mesmo segundo, alguém sai de dentro do prédio e para no meio da rua e diz:

– Daisy! – Ela se vira instintivamente, reconheceria aquela voz, mesmo que estivesse chovendo forte e tivesse raios, saberia quem era... e após esse tempo todo se reencontra com Nicolas, que usava um chapéu e sobretudo cinza, ficou ali paralisada alguns instantes presa ao olhar dele, os dois dão um pequeno passo para trás.

– Nicolas, a quanto tempo. – Responde de forma neutra.

– Meu Deus! É realmente ele, Nicolas Blanc! – Yelena grita histericamente, então se vira para sua amiga. – Você conhece ele? E não me disse nada!

– Não, eu ... – Daisy olha para ela, depois volta para ele, a chuva havia aumentado, mas de repente ela para de sentir os pingos de água cair em si.

– Conhece ele? – Beth fala se inclinando um pouco atrás dela, havia aberto seu guarda chuva sobre as duas.

– Nos conhecemos no balé, quando ele fazia, foi só isso.

– Você fazia balé!? – Yelena o olha admirada e sem se importar com a chuva.

– Sim, mas acabei abandonando. – Responde e depois fita Daisy. – Pensei que estaria na Rússia...

– Férias, resolvi viajar. – Respondeu sem entrar em detalhes.

– Você quer conversar com ele? – Beth sussurra.

Daisy a olha sem saber o que dizer, então fala com ele.

– Você quer falar algo comigo?

– Sim, quero, se você permitir. – A breve chuva havia cessado. – Tem um café logo ali na frente, se me acompanharem...

– Nós também podemos ir? – Yelena pergunta e fica feliz com a resposta positiva.

No café, Daisy e Nicolas sentaram sozinhos em uma mesa, lados opostos, Elizabeth levou sua outra amiga para uma mesa distante dos outros dois.

Only love can hurt like thisOnde histórias criam vida. Descubra agora