Me prometa!

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  Daisy subiu as escadas com dificuldade, mas Bernardo estava ao seu lado, ajudando-a, Nicolas está com eles também, só que um pouco afastado. Chegam no quarto, Bernardo abre a porta e encontra Vera vestindo seu filho, sorri ao perceber o jardineiro ali.

– Aconteceu alg... – vê sua filha aparecer na entrada e nota uma atadura no joelho – O que houve com você? – se levanta e vai até a porta, já puxando Daisy para um abraço enquanto se abaixa, a garota retribui o abraço e começa a chorar.

– Parece que ela foi nadar no rio com as amigas e acabou se desentendendo com uma. – Bernardo responde a pergunta, Nicolas havia contado o que viu.

– Eu não fui avisada sobre isso, Daisy, por que não veio me dizer? – Fala afastando a filha para poder olhá-la.

– Elas queriam ir logo, então não avisei. Me desculpe mamãe. – A olha ainda chorando.

– Tudo bem, mas que isso não se repita novamente. – Sua filha assenti e as duas se abraçam de novo. – Obrigada por ajudar ela. – Diz ao jardineiro.

– Não foi eu que separei a briga e nem trouxe ela do rio. – Vera o olha confusa. – Foi Nicolas que ajudou ela. – Fala abrindo mais a porta e revelando o rapaz atrás.

– Então foi você? – Ele confirma com a cabeça. – Obrigada, Nicolas.

Não demoraram muito ali, logo deixaram a mãe com seus filhos.

No corredor:

– Fico feliz ao ver você interagindo com as crianças, está melhorando.. – Bernardo coloca a mão no ombro do rapaz e transmite alegria.

– Obrigado, Bernardo, você é alguém muito importante para mim e ouvir um elogio seu me deixa feliz também. – Sorri ao dizer isso, é puxado por Bernardo que o abraça e beija sua têmpora.

– Você também é muito importante para mim.

Daisy é consultada com um médico que tinha na casa, tomou remédio para dor durante a noite e acabou dormindo como uma pedra, quando acordou já era dia, ficou triste ao perceber que não visitou Nicolas e seus dias com ele estavam acabando. Passa o dia todo quieta por causa dos ferimentos, as gêmeas pedem desculpas por terem a levado ao rio, Daisy conta sobre a briga com Amélia para as duas, mas esconde o motivo delas. 

Chega a noite, toma seu remédio mais uma vez, porém um pouco cedo que o dia anterior, pois decidiu dormir antes do horário normal. Isso a fez acordar de madrugada e conseguir encontrar Nicolas na biblioteca, estava sentado no tapete e com as costas apoiadas nas pernas da poltrona, sua cabeça pendia para trás, pois dormia com um livro aberto no colo. Daisy aproxima em silêncio e se senta no tapete, seu rosto era sereno dormindo, surgi um sorriso no canto de sua boca, ela coloca sua boca a pouco centímetros da dele, mas não tem coragem e então apoia a cabeça em seu peito, escutando seu coração, seus braços envolvem o tronco dele, se encolhe toda e aconchega-se no calor dele, acaba dormindo.

Daisy tem sonhos bons, mesmo sem o conforto de uma cama, estar ali lhe relaxa, mas algo toca em seu ombro a fazendo despertar sonolenta.

– Ainda é muito cedo, mamãe. – Diz meio grogue.

– Sua mãe vai logo se acordar, o que ela vai pensar se não vê-la na cama, senhorita Daisy? – Quando ouvi isso, o sono some e lembra de onde está, mais uma vez Bernardo está ali para ajudá-la, olha Nicolas que ainda dorme profundamente sem saber do que houve, o jardineiro a puxa para irem embora. Enquanto caminham pelo corredor, Daisy pensa se existe algo que explique o que ele viu na biblioteca, não consegue encontrar nenhuma resposta além de dizer que se apaixonou por seu próprio tio.

Only love can hurt like thisOnde histórias criam vida. Descubra agora