Daisy acorda e nota alguns raios de sol escapando das cortinas da janela, se vira para o outro lado e tenta dormir, pois não queria se levantar naquele dia... Horas e mais horas se passam, o almoço já havia sido servido e nada de Daisy aparecer, mas ela tinha se cansado de ficar na cama e resolveu descer, não sentia fome, procurou alguém na sala e não achou uma alma viva, porém ouviu várias risadas vindo da cozinha, vai até lá e encontra quase todas as mulheres da casa reunidas em uma mesa, alguns estavam de pé, tomavam chá com alguma sobremesa que lhe embrulhou o estômago só de sentir o cheiro, todas a olharam assim que entrou.
– Daisy! Olá, minha querida, acordando em tal hora, mas que preguiçosa. – Uma mulher fala, parecia bem alegre para alguém que tomava apenas chá.
– Talvez esteja cansada do show de ontem, foi lindo, até me emocionei com o espetáculo. – Outra comenta.
– Concordo, foi divino, mas dormir demais não é apropriado, o que um marido acharia disso?
– Mas ela não deve se importar com isso, principalmente depois do que aconteceu hoje, ela pode relaxar. – Sorria falando isso.
A maioria das mulheres ali, Daisy nunca havia trocado uma palavra sequer, não sabia o que era delas, estava bem confusa sobre o que falavam, mas agradeceu os elogios vindos, encontra o rosto familiar de sua mãe e pergunta:
– O que aconteceu?
– O sorteio foi realizado esta manhã...
Enquanto isso no jardim, Nicolas caminhava por lá sem ter o que fazer, mas não sentia vontade de entrar na mansão, principalmente sabendo que todas as mulheres estavam lá, que ela estaria lá.
– Não apareceu para o sorteio, quanta consideração tem por nosso pai? Ou ficou soberbo pela sua apresentação de ontem? – Pergunta Charles se aproximando dele, havia saído da mansão mais nova, os homens estavam nela.
– Eu não tenho nenhum interesse em ficar com essa casa, nem precisavam colocar meu nome lá, bem, se é que estava lá.
– Seu nome estava no sorteio. – Segura um copo de bebida nas mãos.
– E o de Lucy?
– Não, o líder da nossa família tem que ser representado por uma pessoa forte, um homem. – Responde demonstrando confiança no que fala.
– Acho ela mais homem que vocês, é mãe de dois filhos, separada e ainda cuida de si, sabe ser gentil, mas também rigorosa.
– Mas sua filha virou uma puta, isso mostra o quanto os cuidados dela não servem.
– Não foi culpa de Lucy o que Amélia escolheu para a vida.
– É mesmo? – Pergunta com sarcasmo na voz, cruza os braços. – Talvez tenha razão, você conhece bem putas não é verdade?
– Conheço, e putos também. – Responde com zombaria, não sentia vontade de continuar conversando, mas a expressão de seu irmão o fez se sentir um pouco melhor. – Então quem foi o ganhador?
– Eu, claro. – Sorri mostrando todos os dentes ao falar e levantando seu copo, brindando com o ar. – Agora vou poder proibir sua entrada nessa casa e assim nunca mais vai ficar próximo da minha filha.
– Acho que eu deveria dizer parabéns, mas direi algo melhor...Boa sorte. – Charles fecha a cara ao ouvir isso. Nicolas boceja.
– Não dormiu de noite? Aposto que passou a noite com uma dessas empregadas na cama. – Nicolas sorri, pensa no que responder e sorri mais ainda.
– Não, não foi uma empregada.
– o que está querendo dizer? – Charles fala chegando perto o suficiente para Nicolas sentir o cheiro de álcool que o traz lembranças da noite.
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Only love can hurt like this
RomanceA família Moore tinha suas peculiaridades, em seus encontros a cada 5 anos e outras regras criadas, mas sempre tem alguém que as quebra e com isso, vai surgindo um romance proibido.